Em 2025, uma pessoa morre a cada sete minutos no Brasil devido ao AVC, totalizando 18.724 óbitos em poucos meses. A Global Stroke Action Coalition destaca a urgência do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo.
No Brasil, uma pessoa morre a cada sete minutos devido ao acidente vascular cerebral (AVC), totalizando 18.724 mortes entre 1º de janeiro e 5 de abril de 2025, conforme dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil. O AVC, também conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte no país e no mundo. Globalmente, 7,3 milhões de pessoas faleceram por essa condição entre 1990 e 2021, e a Global Stroke Action Coalition projeta que esse número pode chegar a 9,7 milhões até 2050.
A coalizão, formada em abril por representantes de governos e especialistas em saúde, visa promover melhorias no tratamento do AVC. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o uso de trombolíticos, medicamentos que dissolvem coágulos sanguíneos, mas a aplicação desse protocolo não é uniforme em todos os hospitais. Maramélia Araújo de Miranda Alves, coordenadora do Departamento Científico de Doenças Cerebrovasculares da Academia Brasileira de Neurologia, destaca que a falta de organização e preparo em algumas regiões resulta em atrasos no atendimento, aumentando o risco de morte.
Dados da Rede Brasil AVC indicam que 77% dos centros de tratamento estão localizados nas regiões Sul e Sudeste, evidenciando uma desigualdade no acesso ao tratamento. Em 2022, o Brasil registrou o maior número de mortes por AVC, com 87.719 óbitos. Em 2023 e 2024, mais de 84 mil pessoas também perderam a vida devido a essa condição. O diagnóstico precoce é essencial, e a verificação da pressão arterial deve ser uma prioridade ao receber pacientes nas unidades de saúde.
A Global Stroke Action Coalition enfatiza a necessidade de planos nacionais de ação para o AVC e o financiamento de intervenções inovadoras. A coordenadora Maramélia ressalta que treinamentos em parceria com associações médicas e secretarias de saúde são fundamentais para melhorar o atendimento. A conscientização sobre os fatores de risco, como a hipertensão, é crucial para reduzir a incidência de AVCs.
O Ministério da Saúde não se manifestou sobre a situação até o fechamento desta reportagem. A falta de resposta e a ineficiência no tratamento refletem a urgência de ações efetivas para combater essa epidemia silenciosa. O AVC não afeta apenas os idosos, e a percepção de que essa condição é exclusiva de pessoas mais velhas deve ser desmistificada.
É fundamental que a sociedade civil se una em torno de iniciativas que visem apoiar as vítimas do AVC e promover a saúde pública. Projetos que incentivem a prevenção e o tratamento adequado podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas. A união em torno de causas sociais pode transformar a realidade de quem enfrenta essa grave condição.
Preta Gil, em tratamento contra o câncer após cirurgia no intestino, pode se mudar para os EUA em busca de tratamentos alternativos, dependendo de avaliações laboratoriais, segundo seu pai, Gilberto Gil.
A neurologista Dana Boering, no 1º Congresso Latino-Americano da WFNR, enfatizou a motivação e ambientes enriquecidos na reabilitação de lesões cerebrais, propondo inovações como música e tecnologia.
A Global Initiative for Asthma (GINA 2025) lançou diretrizes que definem critérios objetivos para diagnosticar asma em crianças menores de cinco anos, aumentando a segurança no tratamento. O pneumopediatra Fabio Muchão destaca que a nova abordagem pode tranquilizar pais e médicos, permitindo um manejo mais eficaz da doença, que afeta cerca de 20% da população infantil no Brasil.
Avanços na oncologia, apresentados na Asco, incluem tratamentos precoces com biópsia líquida e novas drogas para câncer de mama, prometendo maior eficácia e controle da doença. Acesso a essas inovações ainda é um desafio no Brasil.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a vacinação gratuita contra hepatite A para usuários de PrEP durante o show de Lady Gaga na Praia de Copacabana, visando imunizar 80% desse público.
O Brasil registrou uma queda significativa de 76,2% nos casos de dengue no primeiro semestre de 2025, mas os números ainda são alarmantes. A vacinação, restrita a crianças, pode levar anos para impactar a epidemiologia da doença.