Brasil se destaca na COP30 com inovações em biocombustíveis e soluções florestais, buscando atrair investimentos e parcerias internacionais para enfrentar desafios climáticos.
A COP30, conferência do clima das Nações Unidas (ONU), ocorrerá em novembro em Belém, oferecendo uma plataforma para governos, empresas e organizações não governamentais apresentarem soluções para desafios ambientais e atraírem investimentos. Marcelo Furtado, chefe de sustentabilidade da Itaúsa, destaca que o evento é uma oportunidade para o Brasil se posicionar como parte da solução para questões climáticas, o que pode facilitar a atração de capital internacional.
O governo federal está investindo em iniciativas como a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP), que visa divulgar projetos já financiados e buscar mais cooperação internacional. Gustavo Tosello Pinheiro, especialista em finanças climáticas do centro de estudos E3G, ressalta que a COP30 pode ser um espaço para fortalecer a cooperação Sul-Sul, permitindo que tecnologias brasileiras sejam levadas a outros países em desenvolvimento.
O Brasil se destaca em dois setores na COP30: biocombustíveis e soluções baseadas na natureza. O país possui uma longa experiência com etanol, iniciada na década de 1970 com o programa Proálcool, o que lhe confere uma vantagem no desenvolvimento de biocombustíveis. O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, afirma que o Brasil tem uma grande oportunidade de explorar sua bioenergia, tanto interna quanto externamente.
O setor de biocombustíveis enfrenta desafios, como a adaptação do etanol a veículos de grande porte. No entanto, já existem avanços, como uma parceria com o Japão para aumentar a mistura de etanol na gasolina. Além disso, a BIP está promovendo um projeto de combustível de aviação a partir da macaúba, com um investimento de US$ 3,5 bilhões, mostrando o potencial do biodiesel como alternativa promissora.
Em relação às soluções baseadas na natureza, o Brasil abriga a maior floresta tropical do mundo, o que o torna um polo para projetos de proteção e regeneração florestal. O governo do Pará, por exemplo, está concedendo áreas públicas para exploração sustentável de madeira. Projetos de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas) também estão em andamento, com comunidades indígenas desenvolvendo iniciativas para gerar créditos de carbono e proteger seus territórios.
A COP30 não se limita a atrair investimentos, mas também posiciona o Brasil como um ator global com soluções ambientais em diversos setores. O país possui inovações e tecnologias que podem se transformar em diferenciais competitivos no mercado global. A união da sociedade civil pode impulsionar projetos que visem a sustentabilidade e a proteção ambiental, contribuindo para um futuro mais verde e justo.
Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos do Lago das Garças e revelaram a evolução da poluição por metais em São Paulo ao longo do século XX. O estudo destaca a queda do chumbo após 1986, evidenciando o impacto positivo de políticas ambientais.
Estudo global revela que 69% da população está disposta a contribuir financeiramente para ações climáticas. Pesquisadores da Alemanha e Dinamarca destacam a necessidade de conscientização sobre o apoio à ação climática, que é maior do que se imagina.
Ibama intensifica fiscalização no Porto de Santos para combater tráfico de biodiversidade. A Operação Travessia visa proteger espécies nativas em navios de cruzeiro rumo à Europa.
A organização A Vida no Cerrado (Avinc) promove a valorização e preservação do Cerrado, com foco em educação socioambiental e políticas públicas. Fundada durante a pandemia, a Avinc já conta com 46 voluntários e conquistou a inclusão da Semana do Cerrado no calendário escolar, visando conscientizar sobre a importância desse bioma.
A escassez de água e a presença de contaminantes emergentes na água doce são problemas crescentes, especialmente em países em desenvolvimento, conforme revela um dossiê da revista Frontiers in Water. O pesquisador Geonildo Rodrigo Disner destaca que a água, essencial à vida, enfrenta desafios como a privatização e a deterioração da qualidade, afetando bilhões de pessoas. A falta de monitoramento e regulamentação de poluentes, como pesticidas e medicamentos, agrava a situação, exigindo ações urgentes para garantir água potável e de qualidade.
O projeto do governo chileno para reabrir uma rodovia no Parque Nacional Alerce Costero ameaça a sobrevivência da Gran Abuelo, árvore de 5.400 anos, gerando protestos de cientistas e comunidades locais.