A COP30, que ocorrerá em Belém, é vista como uma oportunidade crucial para o Brasil liderar a ação climática global, destacando a Amazônia e a justiça ambiental. O Summit ESG da EXAME enfatizou a necessidade de financiamento e a inclusão de comunidades locais nas discussões.
A menos de cinco meses da COP30, a conferência climática que ocorrerá em Belém, o Summit ESG da EXAME iniciou sua programação com um debate sobre como o Brasil pode transformar o evento em um marco global para a ação climática. Um dos painéis discutiu estratégias para consolidar a conservação da Amazônia e promover uma agenda de justiça ambiental, envolvendo comunidades locais, governos e o setor privado.
Com mediação de Lia Rizzo, editora de ESG da EXAME, participaram Carolle Alarcon, da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; Plínio Ribeiro, conselheiro da Ambipar; e Fábio Maeda, diretor do Banco da Amazônia. Alarcon apresentou as quatro cartas já divulgadas pela presidência da COP, que introduziram conceitos-chave, como o Globally Determined Contribution (GDC), um novo modelo de metas que visa um esforço global mais coordenado.
A escolha de Belém como sede da COP30 é vista como um símbolo de descentralização dos fóruns internacionais, colocando a floresta amazônica no centro das discussões climáticas. Ribeiro enfatizou a importância de dar voz aos povos indígenas e comunidades ribeirinhas, afirmando que “a floresta precisa ser falada por quem vive nela”. O painel também abordou avanços em contabilidade de emissões e normas técnicas para adaptação climática, embora o financiamento ainda seja um desafio.
Carolle Alarcon destacou que, apesar dos avanços, o financiamento para ações climáticas permanece complicado. Plínio Ribeiro contextualizou a trajetória do Brasil nas negociações climáticas, desde Copenhague em dois mil e nove até a COP30, que será um marco na avaliação dos compromissos climáticos, conhecida como Global Stocktake. Ele afirmou que “a COP30 será o primeiro grande balanço dos resultados do Acordo de Paris”.
Fábio Maeda, representando o setor financeiro, relatou que o Banco da Amazônia já captou 80 milhões de euros do governo francês e está finalizando uma operação de 100 milhões de dólares com o Banco Mundial para projetos de transição energética. O banco, que concentra um bilhão de reais em crédito na região amazônica, busca ampliar investimentos em bioeconomia, promovendo modelos sustentáveis para gerar renda para os 30 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.
O encontro serviu como um alerta e convocação: o Brasil chega à COP30 com uma vitrine internacional, mas precisa apresentar consistência técnica, protagonismo político e resultados concretos. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a conservação da Amazônia e a justiça ambiental, promovendo um legado duradouro para as futuras gerações.
O Fundo Amazônia, criado em 2008, já apoiou mais de 133 projetos com mais de R$ 5 bilhões, mas enfrenta críticas por burocracia e falta de transparência na liberação de recursos. Especialistas pedem agilidade e inclusão.
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A onça-pintada Aroeira e seus filhotes foram filmados em uma tentativa de caça a emas em Miranda (MS), um registro raro feito pelo biólogo Lucas Morgado. A ONG Onçafari monitora esses felinos ameaçados.
Uma mancha escura de coloração verde-escura atingiu a orla da Barra da Tijuca, originando-se no Canal da Joatinga e preocupando os praticantes de esportes aquáticos na Praia do Pepê. A situação está sendo monitorada.
Massa de ar polar provoca temperaturas negativas e geadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O Inmet prevê que o frio persista, mas a intensidade da massa deve diminuir nos próximos dias.
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