Em 2024, a população adulta com ensino superior no Brasil superou 20%, mas ainda está abaixo da média da OCDE. A expansão se deve a cursos a distância, levantando preocupações sobre qualidade e conclusão do ensino médio.

Pela primeira vez, a parcela da população adulta (25 anos ou mais) com ensino superior completo no Brasil ultrapassou os 20%. O dado, proveniente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação ao Censo Demográfico de dois mil, a taxa saltou de 6,8% para 20,5% em 2024, representando um crescimento significativo. Contudo, essa conquista é ofuscada pela realidade internacional, onde a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 41%.
Em 2023, o Brasil já apresentava 21,5% de adultos com ensino superior completo, considerando a faixa etária de 25 a 64 anos. Apesar do avanço, o país ainda enfrenta um atraso histórico, com um patamar que é pouco mais da metade da média dos países desenvolvidos. Essa situação evidencia a necessidade de expandir o acesso ao ensino superior, especialmente considerando que a maior parte dessa expansão recente se deu por meio de cursos a distância, oferecidos a custos acessíveis pelo setor privado.
O crescimento acelerado dos cursos a distância gerou preocupações sobre a qualidade do ensino. O Ministério da Educação (MEC) já implementou regras mais rigorosas para garantir padrões adequados. Sem essa modalidade, a expectativa é que as matrículas no ensino superior possam desacelerar ou até mesmo cair nos próximos anos. Além disso, políticas como cotas, Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos (ProUni) parecem ter atingido seu limite de impacto.
Um aspecto crucial para o futuro do ensino superior é a conclusão do ensino médio. Em 2024, 77% dos jovens de 15 a 17 anos estavam matriculados ou já haviam concluído essa etapa, um aumento em relação aos anos anteriores. Entretanto, a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de 85% para 2024 ainda não foi alcançada. A qualidade do aprendizado também é alarmante, com apenas 5% dos jovens da rede pública terminando o ensino médio com aprendizado adequado em matemática, e 31% no setor privado.
Embora o Brasil tenha avançado na oferta de vagas em todos os níveis de ensino, as desigualdades históricas ainda persistem. A evolução é visível, mas é fundamental garantir que crianças e jovens não apenas tenham acesso, mas também permaneçam e aprendam de forma eficaz. A situação atual exige um esforço coletivo para que os avanços na educação sejam sustentáveis e inclusivos.
Nossa união pode ser a chave para impulsionar iniciativas que promovam a educação de qualidade e a inclusão social. Projetos que visem melhorar a formação e a permanência dos jovens na escola são essenciais para transformar essa realidade e garantir um futuro mais promissor para todos.

Elma Reis, mediadora de leitura, transforma a autoestima de crianças com "Meu Crespo é de Rainha". A ONG Vaga Lume planeja cinco novas bibliotecas até 2025, impactando comunidades na Amazônia.

Jonathan Haidt, autor de "A Geração Ansiosa", alerta que a tecnologia prejudica a aprendizagem infantil e defende a proibição de redes sociais para menores de 16 anos, propondo mais investimentos em playgrounds.

Escola Serpro Cidadão Digital oferece curso gratuito de Braille para não cegos, promovendo inclusão e acessibilidade. Inscrições abertas na plataforma online.

O Ministério da Educação enfrenta sérios atrasos na aquisição de livros didáticos, com apenas 23 milhões de 59 milhões encomendados para o ensino fundamental e um orçamento insuficiente de R$ 2,04 bilhões.

Em 2025, famílias brasileiras priorizam educação integral, infraestrutura escolar, valorização dos professores e investimento em alfabetização, conforme pesquisa do Itaú Social. A evasão escolar é uma preocupação crescente.

Em 2024, a população adulta com ensino superior no Brasil superou 20%, mas ainda está abaixo da média da OCDE. A expansão se deve a cursos a distância, levantando preocupações sobre qualidade e conclusão do ensino médio.