Mãe e filha, Edna e Gabrielly Dantas, construíram a Casa de Sal, uma residência sustentável na Ilha de Itamaracá, utilizando oito mil garrafas de vidro e madeira reaproveitada, refletindo resistência cultural e ambiental.
A Casa de Sal, uma residência sustentável construída com oito mil garrafas de vidro na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, é um projeto que une duas gerações de mulheres negras, Edna Dantas e Maria Gabrielly Dantas. Ambas têm uma forte ligação com o ativismo ambiental, que Edna define como uma "forma de vida". Nascida no Agreste de Pernambuco e criada em Curitiba, Edna sempre buscou práticas de reaproveitamento e respeito à natureza, mesmo enfrentando dificuldades em sua trajetória.
Gabrielly, designer de moda focada em sustentabilidade, cresceu ouvindo os ensinamentos da mãe sobre a reutilização de recursos. A ancestralidade quilombola e indígena de sua família influenciou sua cosmovisão, que valoriza a conexão com a terra. A ideia da Casa de Sal surgiu durante a pandemia, quando mãe e filha observaram a quantidade de lixo, especialmente garrafas de vidro, descartadas de forma irregular na Praia do Sossego.
Com a proposta de construir uma casa a partir desse material, Edna e Gabrielly utilizaram madeira reaproveitada e as garrafas para erguer a estrutura. O projeto levou dois anos para ser concluído, e a casa é considerada a primeira do mundo a utilizar garrafas de vidro na vertical. Para elas, mais do que a inovação, o que importa é a autoria e a metodologia que desenvolveram, transformando a casa em uma verdadeira obra de arte.
Além de ser um exemplo de construção sustentável, a Casa de Sal representa uma resistência cultural e ambiental. Edna destaca a importância de conscientizar as pessoas sobre a gestão de resíduos e a necessidade de políticas que responsabilizem as empresas pela geração de lixo. Ela questiona: "Como dar finalidade a esses resíduos se não há fiscalização?" O vidro, segundo ela, é um material que pode ser reciclado infinitamente, mas precisa ser tratado com responsabilidade.
As dificuldades enfrentadas por Edna e Gabrielly também refletem os desafios de ser mulher e negra em um ambiente dominado por homens. Gabrielly relata que, ao contratar profissionais, frequentemente sua competência é questionada. Além disso, a degradação ambiental na Praia do Sossego é uma preocupação constante, com a erosão avançando e a falta de cuidado com o território afetando a comunidade local.
A trajetória de Edna e Gabrielly é um convite à ação e à reflexão sobre a sustentabilidade e a luta por moradia. Elas esperam que suas experiências inspirem outras pessoas a desenvolverem suas próprias tecnologias e formas de viver em harmonia com a natureza. A união em torno de projetos como esse pode ser fundamental para promover mudanças significativas e duradouras em nossas comunidades.
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