Cientistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) assinaram um manifesto contra o projeto de lei que afrouxa a Lei de Licenciamento Ambiental, alertando para retrocessos na proteção ambiental e na emergência climática.

Cientistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) manifestaram-se contra o projeto de lei que propõe o afrouxamento da Lei de Licenciamento Ambiental no Brasil. O documento destaca que a proposta representa um retrocesso significativo na proteção ambiental, fragilizando as regras de análise e fiscalização, além de ignorar a emergência climática atual. O manifesto ressalta que a aprovação do projeto comprometeria os compromissos do Brasil no Acordo de Paris, questionando sua liderança nas iniciativas globais de sustentabilidade.
Paulo Artaxo, vice-presidente da SBPC e cientista do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), expressou preocupações sobre o autolicenciamento ambiental, que permitiria que os próprios empreendedores avaliassem seus impactos. Essa mudança eliminaria a análise técnica realizada por órgãos ambientais, aumentando os riscos para o meio ambiente. Além disso, a flexibilização do uso da água, um recurso vital, também é uma questão alarmante, pois enfraqueceria os controles existentes, tornando o meio ambiente mais vulnerável.
O novo marco legal do licenciamento ambiental já foi aprovado por ampla maioria no Senado e agora aguarda votação na Câmara dos Deputados. O projeto facilita a concessão de licenças para empreendimentos com potencial de impacto ambiental, como hidrelétricas e barragens, e isenta atividades como a ampliação de estradas e a agricultura tradicional de licenciamento. A votação está prevista para esta quarta-feira, 16 de julho, e a sessão promete ser intensa, com várias propostas na fila.
Na véspera da votação, frentes de defesa do meio ambiente se reuniram no Salão Verde, solicitando o adiamento da análise do projeto. O presidente da Frente Ambientalista reiterou que a proposta representa um retrocesso nas conquistas ambientais do Brasil. A pressão da sociedade civil e de especialistas é crucial neste momento, pois a aprovação do projeto pode ter consequências graves para a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais.
A tramitação do projeto tem gerado um debate acalorado entre parlamentares, com aqueles a favor buscando apoio em reuniões ao longo do dia. O relator do projeto optou por não conceder entrevistas, o que aumenta a expectativa em torno da votação. A mobilização de cientistas e ambientalistas é um indicativo da necessidade de um diálogo mais profundo sobre os impactos da legislação proposta.
Em tempos de crescente preocupação ambiental, a união da sociedade civil é fundamental para garantir a proteção dos recursos naturais. Projetos que visam a preservação do meio ambiente e a promoção de práticas sustentáveis devem ser incentivados, pois podem fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas e na defesa dos direitos das futuras gerações.

Estudo revela que interações de frugivoria na Amazônia permanecem empobrecidas após 20 anos de queimadas e desmatamento, comprometendo a biodiversidade e a regeneração florestal. A pesquisa, liderada pela bióloga Liana Chesini Rossi, destaca a perda de espécies e interações essenciais para a manutenção do bioma.

O ministro Flávio Dino autorizou a desapropriação de imóveis rurais por incêndios criminosos ou desmatamento ilegal, visando proteger a Amazônia e o Pantanal. A decisão busca responsabilizar proprietários e evitar gastos públicos em combate a crimes ambientais.

A degradação da Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda assim 71.109 hectares foram desmatados, com eventos mais concentrados e maiores. O impacto ambiental continua alarmante, especialmente em áreas críticas.

A presidência da COP30 inicia consultas especiais para acelerar negociações climáticas, com sessões online e encontros em Nova York e Brasília, visando novos compromissos antes do relatório da ONU.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos determinou que os Estados devem cooperar no combate às mudanças climáticas e regular as emissões corporativas. O parecer, solicitado por Colômbia e Chile, destaca a necessidade de metas ambiciosas e combate ao "greenwashing".

Redução de 70% nas queimadas no Brasil, mas Cerrado registra aumento de 12%. O governo implementa medidas de combate a incêndios após crise ambiental em 2024.