Cientistas formalizam a nova espécie de raia-manta Mobula yarae, encontrada do nordeste dos EUA ao sudeste do Brasil, após 16 anos de pesquisa. A descoberta destaca a importância da conservação marinha.
Após mais de quinze anos de debates na comunidade científica, a existência de uma nova espécie de raia-manta no Oceano Atlântico foi confirmada. O artigo publicado na revista Environmental Biology of Fishes descreveu formalmente a nova espécie, nomeada Mobula yarae, que se estende do nordeste dos Estados Unidos até o sudeste do Brasil. A nova espécie apresenta características morfológicas e genéticas distintas, encerrando uma longa incerteza sobre sua classificação.
A Mobula yarae é reconhecida por sua pele coberta de dentículos dérmicos em forma de estrela, manchas em “V” na parte dorsal e um bulbo caudal com um espinho vestigial. Os espécimes analisados, que podem atingir até seis metros de largura, foram encontrados em locais como Ilha Comprida (SP), Natal (RN) e Fernando de Noronha (PE), além de registros no México e na Flórida.
Para a identificação da nova espécie, os pesquisadores realizaram análises morfológicas e sequenciaram os genomas mitocondrial e nuclear. A primeira autora do estudo, Nayara Bucair, destacou que a distinção entre as espécies de raia-manta é complexa, e a genética foi crucial para confirmar a singularidade da Mobula yarae. Os dados indicam que esta espécie é uma linhagem monofilética, com ancestrais comuns a Mobula birostris e Mobula alfredi.
O trabalho de Bucair e sua equipe, composta por quatorze pesquisadores, foi realizado com recursos limitados e em uma instituição brasileira, o que representa um avanço significativo na pesquisa sobre a biodiversidade marinha. A descrição da nova espécie é um marco após anos de mergulhos e observações, que começaram com a paixão de Bucair pelo mergulho autônomo.
As raias-manta enfrentam sérias ameaças, como a pesca direcionada e incidental, além da poluição e mudanças climáticas. Desde os anos 1980, a captura de suas brânquias para o mercado asiático aumentou, colocando em risco suas populações. Atualmente, todas as espécies de raia-manta estão listadas como ameaçadas de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
O reconhecimento da Mobula yarae não apenas enriquece o conhecimento científico, mas também ressalta a importância da conservação marinha. A mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem proteger essas espécies ameaçadas e seus habitats. A união em torno dessa causa pode fazer a diferença na preservação da biodiversidade marinha.
A programação de férias de educação ambiental em Santo André, promovida pela Secretaria de Meio Ambiente e Semasa, traz atividades ao ar livre em 2025. O evento "Um Dia no Parque" celebra o SNUC e o Dia do Amigo, com trilhas, visitas ao Viveiro Municipal e brincadeiras em parques. As atividades são gratuitas e visam fortalecer a conexão com a natureza e a conscientização ambiental.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve aprovar o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30% e do biodiesel no diesel para 15%, com impactos positivos na economia e no meio ambiente. A medida pode reduzir o preço da gasolina em até R$ 0,13 por litro e aumentar a demanda por soja e biodiesel, promovendo empregos e renda na agricultura familiar.
Pesquisadoras do Viva Instituto Verde Azul avistaram uma baleia-azul jovem em Ilhabela, São Paulo, um evento inédito que gera preocupações sobre sua saúde e os impactos ambientais que pode enfrentar.
Um ano após as enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul enfrenta a devastação de 1,28 milhão de hectares, com projetos de recuperação da flora nativa em andamento. A UFRGS identificou 15.376 cicatrizes de movimentos de massa.
Estudo revela que florestas não queimadas na Mata Atlântica perdem biodiversidade devido à "pirodiversidade", comprometendo a riqueza de aves e exigindo ações de restauração urgente. Pesquisadores alertam para a necessidade de medidas rigorosas de prevenção.
Fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR) revelam um cenário alarmante de desmatamento na Amazônia, com 139,6 milhões de hectares sobrepostos e investigações da Polícia Federal em andamento. A manipulação de dados e a utilização de "laranjas" para registrar propriedades têm dificultado a fiscalização e permitido a continuidade de práticas ilegais.