Em 2024, o Cimi registrou 211 assassinatos de indígenas, incluindo a liderança Maria Fátima Muniz de Andrade, em um cenário de crescente violência e insegurança jurídica. A crise climática e o Marco Temporal agravam a situação.

Em 2024, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) registrou um aumento alarmante na violência contra comunidades indígenas no Brasil, com 211 assassinatos, incluindo a morte da liderança indígena Maria Fátima Muniz de Andrade, conhecida como Nega Pataxó Hã-Hã-Hãe. O crime ocorreu em 21 de janeiro, na Bahia, quando um grupo de fazendeiros atacou a comunidade, resultando em ferimentos a outros indígenas. O autor do disparo, filho de um fazendeiro, foi preso e liberado após pagamento de fiança.
O relatório do Cimi, divulgado em julho, destaca que o ano de 2024 foi o primeiro sob a vigência da Lei 14.701/2023, que instituiu o Marco Temporal, limitando a demarcação de terras indígenas. Essa legislação, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2023, foi aprovada pelo Congresso em dezembro, gerando um ambiente de insegurança jurídica e fomentando conflitos em todo o país.
O secretário geral do Cimi, Luis Ventura, afirmou que a manutenção do Marco Temporal representa um retrocesso significativo nos direitos indígenas desde a Constituição de 1988. Ele destacou que a insegurança jurídica resultante da lei tem incentivado a violência contra os povos originários, que enfrentam ataques frequentes de fazendeiros e jagunços, muitas vezes com a conivência de forças policiais.
A crise climática também contribuiu para o agravamento da situação. Comunidades indígenas, como os Kaingang e Guarani Mbya no Rio Grande do Sul, enfrentaram alagamentos e inundações severas. Além disso, a destruição de suas casas durante ações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e os ataques subsequentes de fazendeiros aumentaram a vulnerabilidade dessas populações.
O Cimi registrou 37 ataques violentos em 2024, a maioria envolvendo armas de fogo. Os estados mais afetados foram Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul. O relatório também apontou um aumento nos casos de suicídio entre indígenas e mortes por falta de assistência à saúde, evidenciando a necessidade urgente de ações efetivas para proteger essas comunidades.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem a proteção dos direitos dos povos indígenas e a recuperação de suas terras. A união em torno de projetos sociais pode fazer a diferença na vida dessas comunidades, promovendo a justiça e a dignidade que elas merecem.

A LATAM Airlines foi reconhecida como a companhia aérea mais sustentável da América e a quinta do mundo, destacando seu compromisso com a sustentabilidade e a redução de emissões de carbono. A empresa implementa programas inovadores, como "1+1 Compensar para Conservar" e "Avião Solidário", que promovem ações sociais e ambientais significativas.

Termo de compromisso entre ICMBio e comunidade guarani no Paraná permite permanência em terras sobrepostas a reserva biológica, gerando protestos de entidades conservacionistas. A gestão indígena é reconhecida como essencial para a conservação das florestas.

Estudo do Instituto Trata Brasil revela que 2.700 indígenas foram internados em 2024 por doenças relacionadas ao saneamento, com uma taxa de mortalidade alarmante de 21,074 por 100 mil. A urgência por políticas de saneamento é evidente.

A Aldeia Afukuri, do povo Kuikuro, lança em outubro uma nova rota de turismo sustentável com a Vivalá, promovendo vivências culturais e geração de renda para a comunidade. A iniciativa visa fortalecer a identidade e compartilhar saberes ancestrais.

Censo revela que 11,8 milhões de pessoas residem em Unidades de Conservação no Brasil, com 131 mil em áreas onde a habitação é proibida, destacando a complexidade das ocupações e precariedades enfrentadas. A maioria é parda, com aumento de quilombolas e indígenas, evidenciando conflitos entre políticas ambientais e regularização fundiária.

Ibama apreende madeira ilegal em Santo Antônio do Monte e destina 4 m³ à APAE local para confecção de mobiliário adaptado, promovendo inclusão e responsabilidade social. A fiscalização reforça o combate ao desmatamento.