A pesquisa "Racismo no Varejo de Beleza de Luxo" revelou práticas discriminatórias e resultou no Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro, visando transformar a experiência de compra da população negra. O documento, embora sem efeito jurídico, busca promover mudanças significativas nas relações de consumo e conscientizar empresas sobre a importância de atender adequadamente esse público.

O racismo estrutural no Brasil impacta a experiência de consumo da população negra, especialmente em lojas de luxo. Uma pesquisa recente, intitulada "Racismo no Varejo de Beleza de Luxo", revelou práticas discriminatórias que afetam diretamente esses consumidores. O estudo, realizado em agosto de 2024 pelo programa Afroluxo, desenvolvido pelo grupo L’Oréal, identificou 21 dispositivos racistas e resultou na criação do Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro.
Entre as práticas identificadas estão a restrição de acesso às lojas, a presença exclusiva de atendentes brancos e a oferta de produtos mais baratos com base em suposições sobre o poder aquisitivo do cliente. O Código, embora não tenha efeito jurídico, busca complementar as leis existentes, abordando o racismo no comércio de forma mais específica. Eduardo Paiva, diretor de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo L’Oréal Brasil, afirma que a solução para problemas sistêmicos deve ser igualmente sistêmica.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC), que regula as relações de consumo no Brasil desde 1990, não contempla todas as especificidades enfrentadas pela população negra. Dione Assis, fundadora do Black Sisters in Law, destaca que a proposta não visa substituir o CDC, mas sim incluir normas que reflitam a realidade dos consumidores negros. O documento tem um forte valor moral e pode provocar mudanças significativas na forma como produtos e serviços são oferecidos.
As normas do novo código incluem a capacitação de funcionários em letramento racial e a erradicação de práticas racistas, como olhares desdenhosos. Além disso, estabelece que a abordagem para revistas de bolsas deve ocorrer apenas com provas inequívocas. O código também exige que as lojas mantenham um estoque adequado de produtos voltados para a população negra, considerando suas especificidades de cabelo e tom de pele.
Ricardo Silvestre, publicitário e cofundador da Black Influence, relata que a experiência de compra é frequentemente prejudicada por essas práticas discriminatórias. Ele observa que, mesmo entre os consumidores das classes A e B, mais de um terço é negro, o que demonstra a relevância econômica desse público. Natália Paiva, diretora executiva do Mover, ressalta que o código muda a perspectiva do racismo, abordando a questão não apenas pela escassez, mas pela lógica da prosperidade.
O futuro pode trazer revisões no Código de Defesa do Consumidor para incluir formalmente a proteção ao consumidor negro. A responsabilidade das empresas em mudar o tratamento oferecido a esses consumidores é crucial. Em situações como essa, a união da sociedade pode ajudar a promover mudanças significativas e garantir que todos tenham acesso igualitário ao mercado de consumo.

O youtuber Felipe Bressanim, conhecido como Felca, denunciou a "adultização" de crianças nas redes sociais, gerando repercussão na Câmara dos Deputados. O vídeo, que alcançou 5 milhões de visualizações em um dia, alerta sobre os riscos emocionais e psicológicos dessa exposição.

A negligência na saúde da mulher pode gerar perdas de até US$ 1 trilhão anuais até 2040, alerta Ana Cabral, da Evah Saúde, destacando a urgência de um cuidado integral e políticas públicas eficazes.

A partir de 21 de julho, um leilão beneficente de itens pessoais de Paulo Gustavo será realizado pela Gringa, com lucros destinados às Obras Sociais Irmã Dulce. O evento destaca a generosidade do ator e seu legado.

Estudo da Escola de Saúde Pública T.H. Chan (Harvard) revela que solidão persistente aumenta em 56% o risco de AVC em pessoas acima de 50 anos, destacando a urgência de intervenções sociais.

Um novo ranking do Instituto Imazon revela que Gavião Peixoto lidera em qualidade de vida, enquanto Uiramutã ocupa a última posição, evidenciando desigualdades regionais e a desconexão entre PIB e progresso social.

O Ministério da Saúde, em parceria com a OPAS, lançou um chamamento público para o Laboratório de Inovação em Saúde do Programa Mais Médicos, com inscrições até 13 de junho de 2025. O objetivo é reconhecer e compartilhar práticas que melhorem o SUS.