A COP 30 em Belém, promovida como a "COP da floresta", enfrenta críticas por obras de R$ 7 bilhões que podem agravar o desmatamento e não resolvem problemas urbanos crônicos. Especialistas alertam para o "greenwashing" nas iniciativas.

Com a realização da COP 30 em Belém, no Pará, o governo local e federal promovem a conferência como a "COP da floresta", destacando a Amazônia em um momento crítico, marcado por altos índices de desmatamento. No entanto, as obras orçadas em R$ 7 bilhões para o evento têm gerado críticas, sendo acusadas de "greenwashing", uma estratégia que visa criar uma imagem ambiental positiva sem resolver problemas estruturais da cidade.
O professor da Universidade Federal do Pará, Bruno Soeiro Vieira, em artigo publicado no site The Conversation Brasil, aponta que as mais de 30 obras planejadas não apenas carecem de planejamento adequado, mas também podem agravar a degradação ambiental. Especialistas concordam que, apesar de alguns avanços, as iniciativas não atendem questões crônicas como mobilidade, saneamento e habitação.
A Avenida da Liberdade, com 13 quilômetros de extensão, e a Rua da Marinha, que dá acesso ao estádio Mangueirão, são exemplos de projetos que levantam preocupações. A primeira atravessa uma Área de Proteção Ambiental e a segunda foi suspensa pela justiça por falta de licenciamento ambiental. Ana Cláudia Duarte Cardoso, professora de arquitetura e urbanismo da UFPA, critica os impactos sociais e ambientais dessas obras, embora reconheça que algumas iniciativas, como a reforma do Mercado de São Brás, podem trazer legados positivos.
O cientista Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ressalta que, embora as obras tenham benefícios, os impactos ambientais são significativos. Ele sugere que o foco das discussões deveria estar em grandes projetos na Amazônia, que têm consequências muito maiores do que as intervenções em Belém. A crítica se estende à falta de soluções para o saneamento básico na cidade.
Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), destaca que a COP pode ser uma oportunidade para mostrar ao mundo as dificuldades enfrentadas pelas populações amazônicas. Ele elogia a iniciativa de incluir comunidades tradicionais nas negociações climáticas, mas lamenta que a conferência não tenha gerado ações mais concretas para transformar a realidade local.
O governo estadual defende que as obras seguem rigorosos processos de licenciamento e que a Avenida Liberdade foi projetada em áreas onde a vegetação já havia sido suprimida. No entanto, a crítica persiste, com especialistas afirmando que a realização de megaeventos em cidades como Belém traz impactos profundos. Em meio a essa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para promover melhorias e soluções que beneficiem a população local.

A floração dos ipês em Brasília já começou, encantando moradores com suas cores vibrantes. As árvores, símbolo do Cerrado, transformam a paisagem e trazem leveza à rotina urbana.

Carta do Acampamento Terra Livre cobra ações da COP30 e critica violência policial contra indígenas. O evento reuniu cerca de 8 mil participantes e anunciou a Comissão Internacional dos Povos Indígenas.

Campanha "Silvestre não é pet" do MPDFT alerta sobre os perigos do tráfico de animais silvestres e promove a adoção responsável de cães e gatos, visando proteger a biodiversidade e o bem-estar animal.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) promoveu uma atividade de Educação Ambiental na Escola Municipal Dr. Ely Combat, em Duque de Caxias. Alunos do 8º ano discutiram problemas ambientais e expressaram interesse em visitar a sede do Ibama.

O governo federal anunciou isenção total do IPI para veículos sustentáveis, visando reduzir emissões e impulsionar a indústria automotiva nacional. A medida, parte do programa Mobilidade Verde e Inovação, deve beneficiar 60% dos veículos no Brasil a partir de 2026.

Profissionais de saúde relatam os impactos diretos da crise climática, evidenciando a urgência de ações coletivas e políticas públicas para proteger a saúde global. A situação se agrava com o aumento de doenças e desigualdades.