O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destaca a liderança das populações vulneráveis na luta climática em sua quinta carta, enquanto o Observatório do Clima critica a crise de hospedagem em Belém.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, divulgou a quinta carta da presidência, enfatizando a necessidade de reconhecer as populações vulneráveis como líderes na luta contra a crise climática. O documento, que se destina à comunidade internacional, destaca que essas comunidades não devem ser vistas apenas como vítimas, mas como protagonistas na mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Corrêa do Lago afirmou que as populações mais afetadas pela crise climática são mestres em vitalidade e criatividade, e que sua liderança é essencial para enfrentar os desafios atuais. Ele mencionou a importância de grupos como mulheres, jovens, povos indígenas e comunidades tradicionais, que desempenham papéis cruciais na construção de resiliência e na busca por soluções inovadoras.
A COP30, que ocorrerá em novembro em Belém, deve ser um "ritual de passagem", segundo o embaixador. O evento permitirá um momento de luto pelas perdas causadas por eventos climáticos extremos e pela falência de um modelo de desenvolvimento que não oferece mais esperança. O documento também apresenta três prioridades para as negociações: reforçar o multilateralismo, conectar a agenda climática à vida das pessoas e acelerar a implementação do Acordo de Paris.
O Observatório do Clima criticou a crise de hospedagem em Belém, que pode limitar a participação na conferência. A entidade alertou que a falta de infraestrutura adequada pode transformar a COP30 na mais excludente da história, dificultando a presença de delegações, observadores e jornalistas. A situação é preocupante, pois pode comprometer a legitimidade das negociações e dar margem a países que se opõem ao avanço do Acordo de Paris.
A crítica se concentra na negligência dos governos federal e do Pará, que tiveram mais de dois anos para resolver as questões logísticas. A falta de planejamento adequado resultou em custos de hospedagem considerados proibitivos, o que pode reduzir a presença de representantes da sociedade civil e limitar a mobilização popular em torno da conferência.
Em um momento crítico para a luta climática, a união da sociedade civil é fundamental. A mobilização em torno de iniciativas que apoiem as comunidades vulneráveis e promovam a inclusão de vozes historicamente marginalizadas pode fazer a diferença. A participação ativa de todos é essencial para garantir que a COP30 não apenas cumpra suas promessas, mas também se torne um marco na luta contra a crise climática.

O governo lançou o Plano BR-319, que visa a pavimentação da rodovia entre Porto Velho e Manaus, com foco na preservação ambiental e proteção das terras indígenas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância de estudos de impacto e governança para evitar desmatamento e degradação. A licença prévia está suspensa, e a nova abordagem busca evitar erros do passado, como na BR-163.

O Pará lidera a degradação florestal na Amazônia, com 57% da perda em junho de 2025, um aumento de 86% em relação ao ano anterior, devido a queimadas e exploração madeireira. A situação é alarmante.

Arqueólogos descobriram um pão carbonizado de cinco mil anos na Turquia, levando a padaria de Eskisehir a recriar a receita, esgotando rapidamente a produção de 300 pães diários.

A COP30, cúpula do clima da ONU, será realizada em Belém, mas a revista The Economist critica a escolha, apontando problemas de infraestrutura e hospedagem. A cidade enfrenta desafios como escassez de leitos e altos preços, com a expectativa de até 50 mil visitantes. A revista destaca a precariedade do saneamento e adaptações de escolas e quartéis como albergues.

A ISA Energia, com um investimento de R$ 150 milhões, lançou o primeiro sistema de armazenamento em baterias em larga escala do Brasil, visando estabilizar a rede elétrica e evitar apagões. A empresa planeja investir R$ 5,5 bilhões nos próximos cinco anos para expandir essa tecnologia, que já demonstrou eficácia em atender a demanda sazonal no litoral paulista.

Pesquisadores da UFSCar e Unesp revelam que florestas secundárias na Mata Atlântica são 61% mais vulneráveis ao fogo, enquanto florestas maduras têm 57% menos suscetibilidade, exigindo políticas de conservação específicas.