O embaixador André Corrêa do Lago anunciou uma nova carta que coloca as populações como protagonistas nas discussões climáticas da COP30 em Belém, promovendo uma mudança de paradigma nas negociações. A conferência, marcada para novembro, busca integrar justiça social e ambiental, reconhecendo a importância das comunidades, especialmente as marginalizadas, na resposta às mudanças climáticas.

Na manhã de 12 de agosto, o embaixador André Corrêa do Lago apresentou a quinta comunicação oficial da presidência da COP30, que ocorrerá em Belém em novembro. A nova carta enfatiza o papel das populações como protagonistas na resposta global às mudanças climáticas, propondo uma mudança de paradigma nas negociações. O documento visa transformar a conferência em um marco histórico, convidando a comunidade internacional a celebrar a transição para um futuro mais sustentável.
A comunicação destaca a importância de reconhecer as comunidades, especialmente aquelas historicamente marginalizadas, como agentes essenciais na luta contra a crise climática. Corrêa do Lago afirma que a COP30 deve ser um espaço onde essas populações sejam vistas como detentoras de direitos e não apenas como vítimas. A proposta inclui a criação de um modelo de governança compartilhada, que conecta as realidades cotidianas às discussões climáticas.
Além disso, a carta aborda a participação popular em temas cruciais, como a Meta Global de Adaptação e o Programa de Transição Justa. O embaixador menciona também a necessidade de integrar questões sociais profundas nas ações climáticas, argumentando que a mitigação e adaptação devem estar ligadas ao combate às desigualdades. Essa abordagem amplia o escopo das negociações, incorporando justiça social e ambiental de maneira mais direta.
As populações devem influenciar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e os Planos Nacionais de Adaptação (NAPs), além de ter voz ativa em decisões sobre financiamento climático e comércio. Corrêa do Lago ressalta que a ação climática deve ser vista como um ato humano, refletindo a responsabilidade coletiva no enfrentamento das mudanças climáticas.
As comunicações anteriores da presidência da COP30 estabeleceram as bases para uma abordagem participativa, introduzindo o conceito de "mutirão global" e detalhando a estrutura de governança proposta pelo Brasil. No entanto, a organização enfrenta desafios, como a crise de especulação hoteleira em Belém, que pode impactar a participação de delegações internacionais.
Com a reunião entre o Secretariado da ONU e o governo brasileiro agendada para o dia 14, a expectativa é que as preocupações sobre os altos custos de hospedagem sejam discutidas. Em meio a esses desafios, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a inclusão e a justiça social, garantindo que as vozes das comunidades sejam ouvidas e respeitadas nas discussões climáticas.

O desmatamento na Amazônia aumentou 92% em maio, totalizando 960 km², o segundo pior resultado desde 2016, alarmando especialistas sobre a reversão da queda nos índices anteriores.

Pesquisadores da Universidade Federal do ABC analisaram sedimentos do Lago das Garças e revelaram a evolução da poluição por metais em São Paulo ao longo do século XX. O estudo destaca a queda do chumbo após 1986, evidenciando o impacto positivo de políticas ambientais.

Colossal Biosciences apresenta filhotes de lobos geneticamente modificados, Romulus, Remus e Khaleesi, que crescem rapidamente, mas enfrentam críticas sobre sua classificação. Clonagem de lobos vermelhos visa aumentar diversidade genética.

O Brasil ainda enfrenta sérios desafios em saneamento básico, com apenas 55,2% de cobertura de esgoto. Investimentos anuais precisam aumentar de R$ 25,6 bilhões para R$ 45,1 bilhões até 2033 para atender as metas do novo Marco Legal.
A Figueira das Lágrimas, com 200 anos, é um marco histórico em São Paulo, tendo estado no trajeto de Dom Pedro I em 1822. A árvore enfrenta desafios devido à competição com uma figueira exótica plantada na década de 1980.

Entidades ambientais expressam preocupação com o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental, que pode isentar empresas de responsabilidades financeiras por danos ambientais, onerando o poder público.