A COP30, cúpula do clima da ONU, enfrenta críticas por escassez de acomodações e aumento de preços em Belém, a sede escolhida. Organizadores garantem tarifas reduzidas para países mais pobres, mas preocupações logísticas persistem.

A COP30, cúpula do clima da ONU, ocorrerá em novembro no Brasil, com foco na Amazônia e a participação de líderes mundiais e diplomatas. A cidade de Belém foi escolhida como sede, mas enfrenta críticas devido à sua infraestrutura turística limitada. Com menos de 100 dias para o evento, surgem preocupações sobre a escassez de acomodações e o aumento dos preços de hospedagem.
Os organizadores da cúpula, no entanto, rejeitaram a ideia de mudar o local. Em uma carta enviada a países membros da ONU, afirmaram que Belém possui um número suficiente de leitos para acomodar todos os participantes esperados. Até o momento, foram mapeados mais de 53 mil leitos na cidade e arredores, incluindo hotéis, navios de cruzeiro e aluguéis de temporada.
Apesar disso, os preços dispararam, com acomodações em Belém custando até R$ 1,4 milhão para um apartamento de um quarto durante os 11 dias do evento. Em comparação, um quarto no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, custa R$ 96.223. Essa disparidade de preços levanta preocupações sobre a exclusão de delegações de países mais pobres, que podem não conseguir arcar com os custos elevados.
Para mitigar essa situação, pacotes especiais com tarifas reduzidas foram garantidos para delegações de pequenas nações insulares e países em desenvolvimento. O governo brasileiro assegurou que essas delegações terão acesso a quartos individuais com preços entre US$ 100 e US$ 200 por noite, enquanto os demais países terão tarifas que variam de US$ 200 a US$ 600.
Críticos, como Claudio Angelo, coordenador de políticas internacionais do Observatório do Clima, alertam que a crise logística pode comprometer a inclusão e a legitimidade da cúpula. A dependência de navios de cruzeiro como hotéis flutuantes, localizados a 20 quilômetros do evento, também gera preocupações sobre o isolamento dos participantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a escolha de Belém, afirmando que a cúpula visa mostrar a realidade da Amazônia.
Com a divisão da programação da COP30, a cúpula de líderes ocorrerá antes das negociações principais, que começam em cinco de novembro. Essa estratégia busca aliviar a pressão sobre a hospedagem dos chefes de Estado. Em tempos de desafios logísticos, a união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que todos tenham a oportunidade de participar e contribuir para a discussão sobre o futuro do clima.

A série Conferências FAPESP 2025 retoma com a temática "Transição Energética", liderada por Thelma Krug, visando contribuir para a COP30 em Belém. O evento ocorrerá em 30 de maio, das 10h às 12h.

Manaus enfrenta um impasse na gestão de resíduos sólidos, com a Marquise Ambiental pronta para operar um novo aterro, mas sem contrato com a prefeitura devido à resistência popular e localização próxima a um igarapé.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desapropriação de imóveis com incêndios criminosos e desmatamento ilegal, visando proteger a Amazônia e o Pantanal. A decisão busca romper o ciclo de impunidade e reforçar a proteção ambiental.

A COP30 inicia em Bonn, Alemanha, enquanto o Brasil enfrenta contradições ao leiloar blocos de petróleo. A falta de hospedagem em Belém levanta preocupações sobre a logística do evento. O Brasil busca liderar a eliminação de combustíveis fósseis, mas o leilão de 172 blocos de petróleo revela tensões internas. A COP30 pode ser prejudicada pela escassez de acomodações e pela insatisfação de países em desenvolvimento com o financiamento climático.

A programação de férias de educação ambiental em Santo André, promovida pela Secretaria de Meio Ambiente e Semasa, traz atividades ao ar livre em 2025. O evento "Um Dia no Parque" celebra o SNUC e o Dia do Amigo, com trilhas, visitas ao Viveiro Municipal e brincadeiras em parques. As atividades são gratuitas e visam fortalecer a conexão com a natureza e a conscientização ambiental.

Na última quarta-feira, a equipe do Parque Estadual da Pedra Selada avistou um raro papa-vento-verde, destacando a biodiversidade da região. O parque, em Visconde de Mauá, é administrado pelo Inea e abriga diversas espécies ameaçadas.