A COP30 critica métodos ultrapassados no combate às mudanças climáticas e propõe um sistema de "contribuições autodeterminadas", sem mencionar combustíveis fósseis. O foco é integrar mais atores na luta climática.
A presidência da COP30, conferência de clima da ONU, divulgou sua segunda carta, criticando métodos ultrapassados no combate às mudanças climáticas e propondo novos mecanismos. O documento não menciona explicitamente os combustíveis fósseis, apesar de sua relevância nas emissões globais. A proposta inclui um sistema de "contribuições autodeterminadas" para iniciativas de combate ao aquecimento global, lideradas por setores privados e pela sociedade civil.
Assinada pelo presidente da COP30 e embaixador André Corrêa do Lago, a carta destaca a importância das comunidades afrodescendentes no debate climático, uma inclusão que não estava presente no primeiro documento e que foi criticada por organizações representativas. A conferência, realizada em Belém, tem como objetivo rever as metas do Acordo de Paris, especialmente considerando que a temperatura global já aumentou 1,5 ºC em relação à era pré-industrial.
A COP30 também herda a missão de destravar o financiamento climático, um dos principais obstáculos das conferências anteriores. O embaixador Corrêa do Lago afirmou que a conferência precisa elaborar um plano para mobilizar US$ 1,3 trilhão anualmente para enfrentar as mudanças climáticas. A primeira carta foi criticada por mencionar os combustíveis fósseis apenas uma vez, e nesta segunda não houve nenhuma referência ao tema, que é crucial nas discussões sobre emissões.
Embora a questão dos combustíveis fósseis não tenha sido abordada diretamente, Corrêa do Lago garantiu que o assunto será tratado de forma significativa na próxima carta. Ele ressaltou que os combustíveis fósseis são responsáveis por 70% das emissões globais e que a transição para a redução dessa exploração é uma meta nacional do Brasil. A CEO da conferência, Ana Toni, também mencionou que o tema está implícito em todos os círculos de debate.
A nova carta detalha como a presidência pretende implementar mutirões globais contra a emergência climática, aglutinando iniciativas existentes para inspirar novas ações. O sistema permitirá que instituições não governamentais registrem suas iniciativas e resultados, promovendo um compartilhamento de dados e experiências que podem beneficiar ações em diferentes partes do mundo.
O documento critica a abordagem atual das estratégias de combate ao aquecimento global, sugerindo que a comunidade internacional deve revisar seus instrumentos de governança. A carta enfatiza a necessidade de integrar mais atores além dos governos nas ações climáticas. Em tempos de crise climática, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção do meio ambiente e a promoção de soluções sustentáveis.
Crianças brasileiras enfrentam a falta de contato com a natureza, com 37,4% das escolas sem áreas verdes. O governo de São Paulo promete escolas sustentáveis até 2026, mas nenhuma foi entregue até agora.
Pau-brasil, essencial para a música, enfrenta risco de extinção. Proposta de proteção na Cites será votada no Uzbequistão, com apoio de especialistas e necessidade de políticas públicas eficazes.
Onças-pardas enfrentam alta mortalidade em São Paulo, com 47 atropelamentos anuais. Avistamentos recentes em Mairiporã e resgates em Assis destacam a urgência de medidas de conservação.
O Buraco das Araras, uma dolina no Mato Grosso do Sul, agora conta com turismo regulamentado, com passeios guiados que variam de R$ 117,00 a R$ 385,00, visando a conservação da biodiversidade local. A interação com os animais é proibida e a entrada na dolina é restrita a pesquisas científicas.
Alertas de temporais e geadas foram emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para diversas regiões do Brasil, com recomendações de segurança à população. O Sul enfrenta temperaturas mínimas e geadas, enquanto o Norte e Nordeste têm previsão de chuvas intensas.
Organizações entregaram recomendações à COP30 para aumentar o financiamento à Amazônia, visando captar até US$ 125 bilhões até 2030 para conservação e desenvolvimento sustentável. A proposta destaca a urgência de ações para evitar o colapso climático global.