Onças-pardas enfrentam alta mortalidade em São Paulo, com 47 atropelamentos anuais. Avistamentos recentes em Mairiporã e resgates em Assis destacam a urgência de medidas de conservação.

Nos últimos dez anos, a onça-parda tem sido vítima de atropelamentos nas estradas de São Paulo, com uma média de 47 casos anuais. Essa estatística, fornecida pela pesquisadora Fernanda Abra, da ViaFauna, é um dos principais indicadores das interações entre a espécie e os seres humanos. Recentemente, avistamentos em Mairiporã e resgates em Assis evidenciam a presença da onça em áreas urbanas, enquanto especialistas alertam sobre a redução de seu habitat e a urgência de medidas de conservação.
De acordo com Rogério Cunha, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), os atropelamentos e a caça retaliatória são as principais causas de morte das onças em interações com humanos. Embora ataques a pessoas sejam raros, ocorrem em situações em que o animal se sente acuado. Cunha ressalta que, geralmente, as onças-pardas evitam áreas com grande presença humana.
O avanço da agricultura, da pecuária e do crescimento urbano desordenado tem reduzido os habitats naturais da onça-parda, forçando-a a cruzar estradas em busca de áreas preservadas. Essa situação aumenta a probabilidade de atropelamentos, especialmente em regiões específicas do estado, onde os animais se deslocam entre áreas de floresta. A falta de florestas preservadas tem levado a onças a se adaptarem a ambientes com cultivo de eucalipto.
Além dos atropelamentos, os ataques a rebanhos são mais frequentes em regiões onde há criação de cabras e ovelhas. Muitas vezes, animais silvestres são responsabilizados por ataques que podem ter sido causados por cães domésticos. O pesquisador Roberto Fusco, da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), sugere que pecuaristas busquem serviços de proteção florestal e evitem a caça, que é ilegal. Medidas como cercas elétricas e barreiras sonoras podem ajudar a prevenir esses conflitos.
Embora o número de atropelamentos de onças-pardas seja inferior ao de outras espécies ameaçadas, como o lobo-guará e o tamanduá-bandeira, a situação ainda é preocupante. Fernanda Cavalcanti, coordenadora-executiva do Programa de Conservação de Mamíferos do Cerrado, destaca a importância da onça-parda como predador de topo na cadeia alimentar. Apesar de não estar oficialmente ameaçada de extinção, a espécie enfrenta desafios em regiões específicas do Brasil, como Pernambuco e Rio Grande do Sul.
A destruição de biomas essenciais para a reprodução de diversas espécies, como o Cerrado e a Mata Atlântica, intensifica o alerta sobre o risco regional. A onça-parda, que já foi comum em todo o continente americano, agora enfrenta uma realidade mais localizada. Em meio a essa situação, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a conservação e proteção da fauna silvestre, ajudando a garantir um futuro mais seguro para a onça-parda e outras espécies ameaçadas.

Estudo revela quase três mil incêndios em lixões no Brasil, liberando seis milhões de toneladas de gases de efeito estufa anualmente. A situação, alarmante, afeta a saúde pública e o meio ambiente, exigindo ações urgentes.
O Comitê Gestor da CPR Furnas liberou R$ 147,7 milhões para ampliar o canal de navegação de Nova Avanhandava, essencial para o escoamento agrícola e operação das hidrelétricas. A obra, com investimento total de R$ 293 milhões, visa melhorar o transporte fluvial e reduzir emissões de CO₂.

Estudo do Cemaden revela que 43% dos gestores de defesa civil se sentem despreparados para agir em desastres, propondo cinco frentes para fortalecer a gestão de riscos em áreas urbanas.

Desde 2018, as araras-canindé estão sendo reintroduzidas no Parque Nacional da Tijuca, após 200 anos de extinção local. A dieta delas agora inclui frutos nativos, como pimenta-de-mato e guapixava, durante a aclimatação. A bióloga Lara Renzeti, do Refauna, explica que a transição alimentar é essencial para que as aves reconheçam os frutos em diferentes estágios, contribuindo para a regeneração da floresta.

Lauren Gropper, após um acidente de moto na Tailândia, fundou a Repurpose, que já eliminou 656 milhões de plásticos com utensílios sustentáveis que se degradam em até 90 dias, gerando impacto ambiental positivo.

A Universidade de São Paulo (USP) iniciou a demolição do muro de alvenaria que separa a Cidade Universitária da Marginal Pinheiros para expandir um corredor verde. A intervenção, que visa beneficiar a fauna e melhorar o paisagismo, deve ser concluída até 13 de julho.