A Companhia Paranaense de Energia (Copel) completou setenta anos em 2024 e anunciou a meta de neutralidade de carbono até 2030, com matriz energética 100% renovável. A empresa desinvestiu R$ 1,2 bilhão em usinas térmicas, priorizando hidrelétricas, parques eólicos e solares.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anunciou um plano ambicioso para alcançar a neutralidade de carbono até 2030, consolidando sua posição como líder na transição energética do Brasil. Em 2024, a empresa completou setenta anos e, um ano antes do previsto, atingiu uma matriz energética 100% renovável, eliminando a geração térmica. A transformação foi impulsionada por um processo de privatização que movimentou R$ 5,2 bilhões em agosto de 2023, resultando em uma governança mais robusta e focada em sustentabilidade.
Para reduzir suas emissões, a Copel implementou uma estratégia de desinvestimentos que totalizou R$ 1,2 bilhão. A venda de 51% da Compagas por R$ 906 milhões e a venda da participação na Usina Elétrica a Gás de Araucária por R$ 320 milhões foram ações decisivas. Além disso, a Usina Termelétrica de Figueira, movida a carvão, foi paralisada. A nova matriz energética é composta exclusivamente por hidrelétricas, parques eólicos e painéis solares, com a alta administração vinculada a metas de sustentabilidade.
O compromisso da Copel com a sustentabilidade é histórico. A superintendente de sustentabilidade, Luisa Nastari, destacou que a empresa foi pioneira ao realizar o primeiro estudo de impacto ambiental do setor elétrico brasileiro e a primeira a aderir ao Pacto Global da ONU em 2000. Desde 2009, a Copel mantém um inventário rigoroso de emissões, verificado por terceiros, e está integrada às carteiras do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3.
A Copel também busca atuar como um elo de crescimento socioeconômico para as comunidades onde opera. A empresa se empenha em minimizar os impactos das mudanças climáticas nos biomas em que seus empreendimentos estão localizados. Essa abordagem visa não apenas números, mas a construção de um modelo de desenvolvimento energético sustentável que redefine padrões setoriais e posiciona o Brasil como referência global em transição energética.
Outras empresas do setor elétrico também estão avançando em suas estratégias de sustentabilidade. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alcançou 100% de geração de energia renovável ao encerrar sua única usina térmica em 2024. Com um plano de investimento de R$ 59 bilhões até 2029, a Cemig foca na modernização da rede e em soluções de armazenamento, destacando um projeto pioneiro em Serra da Saudade, a primeira cidade off-grid do Brasil.
Essas iniciativas demonstram um compromisso crescente com a sustentabilidade no setor elétrico. A união de esforços pode potencializar esses projetos, promovendo um futuro mais sustentável. Vítimas de problemas climáticos e sociais podem se beneficiar de ações coletivas que visem apoiar e financiar iniciativas que promovam a energia limpa e o desenvolvimento sustentável.
Mutirão de limpeza na Praia de Copacabana, promovido pela campanha Duplo Impacto, alerta sobre poluição. Neste sábado (26), a partir das 7h30, nadadores e voluntários se reunirão na Praia de Copacabana para um mutirão de limpeza, organizado pela campanha Duplo Impacto, da ACT Promoção da Saúde e Vital Strategies. O evento visa conscientizar sobre os danos ambientais causados por indústrias de cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados. As atividades incluem a coleta de resíduos no mar e na faixa de areia, além de uma exposição de fotos e um café da manhã coletivo na tenda da Equipe 15, até às 10h30. A ação conta com o apoio da Secretaria Municipal da Saúde e do grupo Rap da Saúde.
Uma nova tecnologia cerâmica, desenvolvida pela UFMG e INT, captura até 17,2% do CO2 de caminhões, com meta de 30%. O projeto visa reduzir emissões e promover economia circular com CO2 reutilizado.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu a legislação ambiental do Brasil em discurso, ressaltando sua relevância para investimentos e criticando a inação dos países ricos em promessas climáticas. Após ser hostilizada no Congresso, Marina destacou a segurança jurídica e a importância do marco regulatório, enquanto projetos que flexibilizam normas de fiscalização avançam. Ela também criticou a falta de compromisso das nações desenvolvidas em relação às metas climáticas.
O pesquisador Francisco Edvan Bezerra Feitosa desenvolveu uma usina solar em Betim (MG) para produzir hidrogênio verde, prometendo revolucionar o abastecimento automotivo no Brasil. A planta, que gera um megawatt elétrico, pode enriquecer combustíveis existentes e posicionar o Nordeste como polo de produção, aproveitando a alta incidência solar da região.
Compensar as emissões das 200 maiores empresas de combustíveis fósseis exigiria reflorestar uma área maior que a América do Norte, tornando essa solução inviável, segundo pesquisa recente. A análise revela que, para neutralizar as emissões até 2050, seria necessário um reflorestamento colossal, inviabilizando a compensação de carbono como única estratégia.
A Geomit, joint venture da Mitsui Gás e Energia do Brasil e da Geo biogas & carbon, firmou um memorando com a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool para construir uma planta de biogás em Uberaba (MG). O projeto utilizará resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e bagaço, para produzir biometano, contribuindo para a sustentabilidade e o escoamento do gás renovável na região.