A pesquisa Datafolha de abril de 2025 revela que 9% dos brasileiros não acreditam nos riscos das mudanças climáticas, um aumento em relação ao ano anterior. Apesar disso, 58% valorizam a atuação de organizações ambientais, especialmente entre os jovens.
A pesquisa Datafolha, divulgada em 2 de maio de 2025, revelou que nove por cento dos brasileiros não acreditam que as mudanças climáticas representem riscos para a população. Este número representa um aumento em relação a junho de 2024, quando apenas cinco por cento dos entrevistados compartilhavam dessa opinião. Além disso, cinquenta e três por cento dos participantes consideram as alterações climáticas um risco imediato, uma queda em comparação aos sessenta por cento registrados em outubro de 2024.
O levantamento, realizado entre os dias 8 e 11 de abril de 2025, ouviu duas mil e duas pessoas com dezesseis anos ou mais em cento e treze municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de noventa e cinco por cento. A pesquisa também indicou que trinta e cinco por cento dos entrevistados acreditam que as mudanças climáticas representarão um risco para as futuras gerações, uma diminuição em relação a quarenta e três por cento em junho de 2024.
Uma pesquisa anterior, encomendada pela Fundação SOS Mata Atlântica em dezembro de 2024, já havia mostrado que setenta e cinco por cento dos brasileiros sentem os impactos das mudanças climáticas em seu cotidiano. Além disso, noventa e oito por cento da população acredita que o país sofre consequências devido ao desmatamento da Mata Atlântica. Apesar da devastação, setenta e oito por cento dos entrevistados se mostraram otimistas quanto à recuperação das áreas desmatadas.
Afra Balazina, diretora de mobilização da SOS Mata Atlântica, comentou que a pesquisa demonstra que a população reconhece a existência das mudanças climáticas e destacou a importância de investir em ações de engajamento. Ela enfatizou a necessidade de recursos e vontade política para a preservação ambiental, além de ampliar a conscientização e envolver a população, especialmente os jovens, que demonstram grande disposição para apoiar a conservação.
O apoio à atuação de organizações ambientais é significativo, com cinquenta e oito por cento dos brasileiros considerando essa atuação muito importante. Esse percentual é ainda maior entre os jovens, alcançando setenta e um por cento, e entre pessoas com ensino superior, que somam sessenta e quatro por cento. Esses dados refletem uma crescente conscientização e disposição da sociedade em relação à preservação ambiental.
Em um cenário onde a conscientização sobre as mudanças climáticas está em ascensão, é essencial que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a conservação do meio ambiente. A união em torno de projetos que visem a recuperação e preservação de áreas degradadas pode fazer uma diferença significativa na luta contra as mudanças climáticas e na proteção do nosso planeta.
A Transpetro inaugurou sua segunda usina solar em Belém, com investimento de R$ 3,2 milhões, visando energia renovável e redução de emissões em 30 toneladas anuais. A iniciativa faz parte do programa Terminal + Sustentável.
A COP30, marcada para 10 de novembro em Belém (PA), enfrenta atrasos na entrega das novas metas climáticas, com apenas 25 países apresentando suas NDCs até julho. A falta de consenso sobre financiamento e transição energética gera preocupações.
O projeto do novo Centro de Treinamento do Santos, financiado pelo pai do jogador Neymar, ameaça 90 mil m² de vegetação nativa da Mata Atlântica e enfrenta forte oposição de moradores e ONGs. A construção, que não possui licenciamento ambiental, é vista como um retrocesso à preservação do bioma, já que a área é remanescente do Parque Estadual Xixová-Japuí. A resistência da comunidade e a falta de consulta pública levantam preocupações sobre os impactos ambientais.
Uma operação do Ibama e Vigiagro apreendeu carcaças de 879 animais no Aeroporto de Guarulhos, provenientes de Doha e Joanesburgo, resultando em multas e processos por tráfico de fauna. A ação revela o uso do aeroporto como rota para contrabando de espécies exóticas, representando riscos à saúde pública.
Uma tartaruga-de-couro foi vista desovando na Praia de Jacaraípe, na Serra, em um período atípico. O Ipram coletou material genético e isolou a área para proteger o animal. A fêmea, que mede cerca de 1,5 metro, é a terceira a ser registrada na praia, mas a primeira a desovar. O biólogo Alexsandro Santos destaca que a desova fora da época habitual não indica problemas de saúde.
Operação "Gelo Podre" investiga fornecimento de gelo contaminado em quiosques da Barra da Tijuca e Recreio. Fábrica na Cidade de Deus foi interditada por uso de água poluída, e um responsável foi detido.