A revogação da "constatação de perigo" pela Agência Ambiental Americana (EPA) e a exploração de petróleo na República Democrática do Congo intensificam a crise climática, desafiando o Acordo de Paris.
Recentemente, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou a revogação da "constatação de perigo", uma norma de dois mil e nove que fundamentava a regulação das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Essa decisão enfraquece as regras sobre emissões de veículos e usinas de energia, permitindo uma maior liberdade para a indústria de óleo e gás. Políticos conservadores e representantes do setor comemoraram a medida, que foi descrita por um artigo do Wall Street Journal como um "Dia da Libertação" da regulação climática.
Além dos EUA, a República Democrática do Congo está oferecendo em licitação uma vasta área de 124 milhões de hectares para exploração de petróleo, que inclui florestas tropicais primárias e habitats de espécies ameaçadas. No Brasil, a BP anunciou sua maior descoberta de petróleo em 25 anos, o que indica uma mudança na estratégia da empresa, com menos foco em energias renováveis. A revista The Economist reconheceu a resistência política crescente e sugeriu que os governos tratem as metas climáticas como orientações, em vez de compromissos obrigatórios.
Esses eventos geram incertezas sobre a capacidade global de enfrentar a crise climática. O Acordo de Paris, assinado em dois mil e quinze por 195 países, visava alcançar a neutralidade climática até meados do século, mas as ações recentes indicam um desvio desse caminho. A falta de um processo coordenado e racional para combater as mudanças climáticas sugere que a transição para energias renováveis será impulsionada por inovações tecnológicas e interesses conflitantes, em vez de um consenso científico.
A energia solar, conforme reportado pela revista The New Yorker, tornou-se a alternativa mais eficiente economicamente nos últimos dois anos. Projeções indicam que, até dois mil e trinta e cinco, a energia solar poderá ser a principal fonte de energia do planeta. Essa mudança não apenas representa uma vantagem econômica, mas também oferece segurança energética para as nações, dada a abundância e ubiquidade dessa fonte.
Embora a transição para energias renováveis pareça inevitável, a questão crucial permanece: será rápida o suficiente para evitar um aumento de temperatura global superior a dois graus Celsius em relação aos níveis pré-Revolução Industrial? A coordenação global para implementar o Acordo de Paris deve ser vista como um agente catalisador, promovendo a adoção de energias renováveis e penalizando as emissões de GEE.
As reações contra a regulação climática refletem tentativas de retardar essa evolução tecnológica. Exemplos históricos mostram que mudanças necessárias enfrentaram forte resistência. Portanto, é essencial que a sociedade civil se mobilize em apoio a iniciativas que promovam a implementação do Acordo de Paris e enfrentem as tentativas de desestabilização do processo de redução de emissões. A união em torno de causas ambientais pode ser fundamental para garantir um futuro sustentável.
Pedro Martins de Souza, aos 78 anos, reflorestou sua propriedade em Minas Gerais, aumentando água e renda. A iniciativa, apoiada pelo Instituto Terra, inspirou outros produtores e recuperou nascentes na região.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que proíbe testes em animais para cosméticos, com dois anos para implementar métodos alternativos. A norma foi apoiada por 1,68 milhão de assinaturas.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou R$ 1,65 bilhão para revitalizar bacias hidrográficas, priorizando saneamento e reflorestamento, especialmente nas bacias dos rios São Francisco e Parnaíba.
Um grupo de bancos de desenvolvimento destinará pelo menos 3 bilhões de euros até 2030 para combater a poluição plástica nos oceanos, ampliando a Iniciativa Oceanos Limpos. A ONU alerta que os resíduos plásticos podem triplicar até 2040, impactando ecossistemas e saúde humana.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, foi aplaudida na Flip ao discutir a COP30 e criticar a saída dos EUA do Acordo de Paris, elogiando a China por seus avanços em tecnologia energética. A presença de Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, emocionou a ministra.
Um estudo recente aponta que a instalação de painéis solares em áreas urbanas pode elevar a eficiência energética em até trinta por cento, promovendo cidades mais sustentáveis. Essa descoberta é um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas.