No Dia da Matemática, especialistas alertam que 51% dos alunos do 4º ano no Brasil não têm proficiência básica, evidenciando a urgência em melhorar a formação docente e as condições de ensino.
No Dia da Matemática, celebrado em seis de maio, especialistas apontam que as dificuldades em matemática entre os alunos brasileiros são alarmantes. Dados da avaliação internacional Timms 2023 revelam que cinquenta e um por cento dos estudantes do quarto ano não atingem o nível básico de proficiência, apresentando um atraso equivalente a três anos escolares em comparação com a média global. Essa situação exige uma resposta imediata em relação à formação docente e às condições de ensino nas escolas.
O mapeamento das dificuldades matemáticas, realizado por Ester Paula Torrezan, mestre em Educação com foco em Matemática, destaca que os alunos frequentemente se apoiam na memorização de passos pré-definidos, como "vai um" e "pega emprestado", sem compreender o que estão fazendo. Além disso, a falta de compreensão leitora agrava a situação, pois é essencial entender os diferentes significados das operações matemáticas no cotidiano.
A geometria, um tema crucial para o desenvolvimento do raciocínio, é historicamente menos priorizada nas aulas de matemática. Torrezan enfatiza que o ensino muitas vezes se limita à aplicação de fórmulas, sem que os alunos compreendam seu significado. A medição, por exemplo, envolve processos físicos e mentais que associam números a quantidades, sendo fundamental entender a unidade de medida e seu papel.
Ernesto Martins Faria, especialista em avaliação de políticas públicas educacionais, ressalta que o Brasil enfrenta um cenário ainda mais desafiador em matemática do que em leitura ou ciências. Entre as causas desse desempenho insatisfatório, destacam-se a pouca familiaridade com números, a baixa atratividade da carreira docente e o desequilíbrio na distribuição de professores qualificados nas escolas.
A formação docente no Brasil é afetada por problemas como a baixa qualidade dos cursos de pedagogia e licenciatura, além da evasão nas graduações de matemática. Muitos alunos que se destacam em cálculo optam por carreiras com melhores perspectivas de mercado, como economia e engenharia, deixando a educação em segundo plano. Essa situação perpetua um ciclo de desigualdade, onde alunos de escolas públicas enfrentam maiores dificuldades.
Para enfrentar esses desafios, é fundamental que a sociedade civil se mobilize em apoio a iniciativas que promovam a melhoria da educação matemática. Projetos que visem capacitar professores e oferecer recursos adequados às escolas podem fazer a diferença na formação de futuros cidadãos. Nossa união pode ajudar a transformar a realidade educacional e proporcionar oportunidades mais justas para todos os estudantes.
Cinco plataformas brasileiras oferecem cursos gratuitos e certificados, promovendo a democratização da educação e a qualificação profissional em diversas áreas. Essa iniciativa, impulsionada pela digitalização, amplia o acesso ao conhecimento.
Estão abertas as inscrições para o Bootcamp Santander Code Girls, que oferece cinco mil bolsas de estudo gratuitas para mulheres em tecnologias da AWS e DevOps, com prazo até 3 de agosto. O programa, em parceria com a F1RST e a Amazon Web Services, não exige conhecimento prévio e inclui acesso a uma trilha de aprendizagem online. As participantes poderão concorrer a vagas na F1RST após a conclusão.
UFRJ enfrenta crise orçamentária com dívidas de R$ 61 milhões e infraestrutura precária. O reitor Roberto Medronho busca parcerias com o setor produtivo para enfrentar o subfinanciamento, enquanto a universidade receberá R$ 406 milhões em 2025, valor insuficiente para cobrir custos básicos.
O Rio de Janeiro terá um novo centro de formação técnica, o DigiTech, focado em tecnologia, IA e cibersegurança, com inauguração prevista para o segundo semestre. A Firjan busca fortalecer a economia digital local.
Estudantes e pesquisadores brasileiros enfrentam desafios com a suspensão de vistos dos EUA. Lorena Souza, bolsista da Nasa, e Luiz Gustavo Pimenta Martins, ex-pesquisador em Harvard, exemplificam essa realidade. A Fapesp oferece 40 bolsas para atrair talentos, destacando a necessidade de investimento em ciência.
MEC aprova curso de Medicina na Faculdade Sírio-Libanês, com 100 vagas anuais e mensalidade de R$ 12,4 mil; 10% das vagas serão para bolsas integrais. Primeira turma inicia em 2025.