A desigualdade de gênero persiste em cargos de liderança, com mulheres sobrecarregadas pela multitarefa. É crucial filtrar o essencial para alcançar foco e sucesso, desafiando imposições sociais.
Historicamente, as mulheres enfrentam desigualdades em diversas esferas, como educação e mercado de trabalho. Essa exclusão se reflete na escassez de mulheres em cargos de liderança e reconhecimento, mesmo em um contexto onde o sucesso é frequentemente associado a mérito individual. No entanto, essa análise ignora que o sucesso, como o conhecemos, é moldado por privilégios de acesso, tempo e espaço, que historicamente foram negados às mulheres.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao referir-se a “homens” como sinônimo de humanidade, evidencia um atraso histórico que ainda impacta a vida das mulheres. Durante muito tempo, elas foram impedidas de estudar, competir em esportes e exercer profissões. Essa luta por direitos básicos, como ter um CPF, votar e decidir sobre seus corpos, é um reflexo das desigualdades estruturais que persistem até hoje.
Além das desigualdades estruturais, a naturalização da multitarefa entre mulheres se torna um obstáculo significativo. Muitas vezes, elas são sobrecarregadas com responsabilidades que vão além da carreira, incluindo o cuidado com filhos e familiares, gestão do lar e a pressão de manter uma imagem impecável. Essa expectativa de equilibrar múltiplas funções pode desviar o foco do que realmente importa, como o tempo de qualidade e o desenvolvimento de habilidades específicas.
Enquanto homens podem se dedicar integralmente a uma única tarefa, as mulheres frequentemente enfrentam interrupções por demandas emocionais e organizacionais. Essa habilidade de multitarefa, embora exaltada, tem um custo alto e é muitas vezes imposta. A pressão para atender a todas essas expectativas pode levar ao esgotamento e à distração, dificultando o alcance de objetivos maiores.
O desafio atual é aprender a filtrar o que é essencial do que é acessório. Isso envolve distinguir entre escolhas pessoais e imposições sociais, além de identificar o que realmente empodera e o que apenas consome energia. A liberdade pode estar na capacidade de se concentrar em uma única tarefa, dedicando tempo e atenção a ela, o que pode ser um ato revolucionário em um mundo que valoriza a dispersão.
Essa reflexão sobre a condição da mulher no mercado de trabalho e na sociedade é um convite à ação. Projetos que visam apoiar mulheres em suas jornadas podem fazer a diferença. Ao unir forças, podemos contribuir para que mais mulheres tenham acesso a oportunidades e recursos que promovam seu desenvolvimento e bem-estar.
Uma pesquisa inédita revela que o Brasil possui a maior diversidade genética do mundo, com 2,7 mil genomas sequenciados, refletindo a complexa miscigenação da população. O estudo, publicado na revista Science, destaca a influência das ancestralidades indígena, africana e europeia na saúde e doenças, revelando 8,7 milhões de variações genéticas não catalogadas. Essa descoberta pode transformar a medicina no país, contribuindo para diagnósticos e tratamentos mais precisos.
A Fundação Athos Bulcão conquistou um terreno de 1.225 m² para sua sede definitiva em Brasília, após 16 anos de luta. O projeto, orçado entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões, busca apoio financeiro.
A artista Castiel Vitorino Brasileiro apresenta a exposição "Eterno Vulnerável" no Solar dos Abacaxis, com 40 obras que refletem sua busca por liberdade e cura, ligadas à memória de sua mãe desaparecida. A mostra, que celebra o décimo aniversário do espaço, explora a temporalidade e a relação com a ancestralidade, destacando a fragilidade da liberdade. A visitação é gratuita, de quarta a sábado, até 1 de novembro.
A Zózima Trupe estreia em 2025 "A (Ré)tomada da Palavra ou A Mulher que Não se Vê", abordando a exclusão de mulheres negras com deficiência no transporte público. A peça homenageia Rosa Parks e Flávia Diniz, destacando opressões contemporâneas. Com dramaturgia de Shaira Mana Josy e Piê Souza, e direção de Anderson Maurício, o espetáculo critica a crueldade do sistema capitalista. A programação gratuita ocorrerá em locais públicos, reafirmando o compromisso da trupe com a arte inclusiva e provocativa.
Funcionários do Instituto do Carinho denunciam condições de trabalho precárias e sobrecarga, resultando em problemas de saúde mental. A instituição nega as acusações e afirma ter tomado medidas.
O Cadastro Único (CadÚnico) é crucial para a inclusão social no Brasil, exigindo renda mensal de até R$ 706 em 2025 e atualização a cada dois anos. Inscrições são feitas em CRAS ou pelo aplicativo.