Uma pesquisa revela que 50% de desmatamento na Amazônia Legal aumenta o risco de malária, destacando a urgência de ações de conservação florestal e controle de vetores para combater a doença.

Uma pesquisa recente publicada na revista Acta Tropica revela que a cobertura florestal intermediária, com cinquenta por cento de desmatamento, aumenta o risco de malária na Amazônia Legal. O estudo, realizado em Cruzeiro do Sul, no Acre, destaca que a destruição da floresta está diretamente ligada ao aumento de casos da doença e à infecção por mosquitos do gênero Anopheles, especialmente do subgênero Nyssorhynchus. A pesquisa reforça a urgência de integrar o controle de vetores com a conservação florestal.
Os pesquisadores coletaram dados em quarenta pontos da região, que é considerada um hotspot de malária. Apesar das intervenções realizadas na última década, os ciclos endêmicos da doença persistem. O biólogo Gabriel Laporta, autor correspondente do artigo, afirma que o risco de transmissão é maior quando há uma proporção de cinquenta por cento de mata nativa próxima a áreas habitadas. O risco diminui em ambientes completamente desmatados ou quando a floresta é restaurada para níveis superiores a setenta por cento.
O estudo utilizou dados sobre a abundância e taxas de infecção dos mosquitos vetores, além de amostras de sangue de moradores locais. Os resultados mostraram que a estrutura da paisagem influencia significativamente a transmissão da malária. A pesquisa anterior de Laporta já havia indicado um aumento do risco de malária associado ao desmatamento, com picos de incidência em períodos específicos após o início de assentamentos rurais.
Além do desmatamento, fatores como a perda de biodiversidade e mudanças climáticas também contribuem para a propagação da malária. O aumento das temperaturas e a variação nas chuvas criam condições favoráveis para os mosquitos. Medidas de vigilância em saúde e atenção a populações vulneráveis são essenciais para enfrentar o problema, especialmente em um contexto de crise climática.
A pesquisa destaca que a eliminação da malária requer não apenas tratamentos eficazes, mas também estratégias abrangentes de controle de vetores. A conservação da biodiversidade em áreas florestais é fundamental para tornar o ambiente menos favorável aos mosquitos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em dois mil e vinte e três, houve duzentos e sessenta e três milhões de casos de malária no mundo, com cerca de quinhentas e noventa e sete mil mortes.
Com a malária sendo um problema de saúde pública global, iniciativas que promovam a conservação florestal e o controle de vetores são essenciais. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar projetos que visem a proteção do meio ambiente e a saúde das populações afetadas. Juntos, podemos fazer a diferença e ajudar a combater essa doença que afeta tantas vidas.

O ESG Summit 2025, promovido pela EXAME, enfatizou a urgência de ações coordenadas contra a crise climática, destacando o papel do Brasil e a importância do engajamento social. O evento abordou soluções para adaptação urbana, saneamento e desigualdades sociais, com a participação de líderes do setor público e privado.

Ibama realiza a Operação TRPP Nacional 2025, apreendendo 62 veículos e aplicando R$ 1,2 milhão em multas após 11 dias de fiscalização do transporte de produtos perigosos. Ação envolveu 133 agentes e 192 parceiros.

O Brazil Climate Summit NYC 2025, agendado para 19 de setembro na Universidade de Columbia, reunirá líderes para discutir a transição para uma economia de baixo carbono e cadeias de suprimentos resilientes. O evento, que destaca o investimento de R$ 225 bilhões em energia renovável no Brasil, visa posicionar o país como um parceiro confiável em um cenário global desafiador.

O BNDES destina R$ 1 bilhão para a Atlas Renewable Energy construir 11 usinas solares em Minas Gerais, gerando 2.100 empregos e iniciando operações em 2026. O projeto reforça a agenda verde do banco.

A COP30, em novembro de 2025 em Belém (PA), pode marcar um novo paradigma ao discutir que 30% dos alimentos servidos venham da agricultura familiar local, injetando R$ 3,3 milhões na economia regional. A proposta, apoiada por diversas entidades, visa promover práticas sustentáveis e fortalecer a produção local, refletindo a diversidade da Amazônia.

Estudo da EY-Parthenon aponta que o Brasil pode liderar a produção de hidrogênio verde, mas enfrenta desafios em planejamento energético, regulamentação e infraestrutura. O país precisa agir para não perder espaço no mercado global.