Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia cresce 55% em abril e governo intensifica ações de combate à devastação

Desmatamento na Amazônia aumentou 55% em abril de 2025, com 270 km² devastados. O governo Lula discute ações para reverter a situação, que é considerada sob controle, apesar do alerta.

Atualizado em
May 13, 2025
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Desmatamento zero é uma das principais promessas do governo Lula, que tem enfrentado dificuldade para alcançar a meta. Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 03/07/2024

Uma alta de cinquenta e cinco por cento no desmatamento da Amazônia em abril de dois mil e vinte e cinco, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, acendeu o alerta no governo federal. A área devastada chegou a duzentos e setenta quilômetros quadrados, ante cento e setenta e quatro quilômetros quadrados em abril de dois mil e vinte e quatro. A redução do desmatamento é uma das principais bandeiras do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na área ambiental, que se comprometeu a zerar o desmate até dois mil e trinta.

As informações foram divulgadas pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o desmatamento por meio de alertas rápidos. Os dados indicam uma estabilização no índice acumulado de desmatamento entre agosto do ano passado e abril deste ano, totalizando dois mil quinhentos e quarenta e dois quilômetros quadrados. Esse número é apenas cinco por cento menor do que os dois mil seiscentos e oitenta e seis quilômetros quadrados registrados no mesmo período anterior.

O Deter também revelou que, de janeiro a abril, foram desmatados seiscentos e setenta e dois quilômetros quadrados, um número apenas um por cento menor do que os seiscentos e oitenta e um quilômetros quadrados do mesmo período em dois mil e vinte e quatro. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que a situação está sob controle, embora a alta em abril exija ajustes nas ações do plano de combate ao desmatamento.

As autoridades ambientais estão discutindo medidas para reverter o aumento do desmatamento, com a participação de dezenove ministérios. O Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, acredita que os índices de maio, junho e julho poderão apresentar resultados positivos. Ele destacou que o desmatamento ainda está em queda, apesar do aumento recente.

No Cerrado, a área desmatada em abril foi ainda mais alarmante, com seiscentos e noventa quilômetros quadrados, mais que o dobro da Amazônia. Contudo, no período acumulado de agosto de dois mil e vinte e quatro até abril deste ano, houve uma queda de vinte e cinco por cento no desmatamento em relação ao período anterior, passando de quatro mil oitocentos e sessenta e oito quilômetros quadrados para três mil seiscentos e noventa e oito quilômetros quadrados.

A ministra Marina Silva anunciou a criação de planos de combate ao desmatamento nos biomas do Pampa e da Mata Atlântica, marcando a primeira vez que o Brasil terá estratégias para todos os biomas. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover iniciativas que visem a preservação ambiental e a recuperação das áreas afetadas, contribuindo para um futuro mais sustentável.

Estadão
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