Os alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram 4% no último ano, com o Pará liderando as perdas. A ministra Marina Silva reafirmou a meta de desmatamento zero até 2030, enquanto o Cerrado teve redução de 20,8%.

Os alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram quatro por cento no último ano, conforme dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente. O sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou esse crescimento, que é atribuído principalmente aos incêndios florestais. O monitoramento abrange o período de agosto a julho do ano seguinte, e pela primeira vez em quatro anos, o Cerrado apresentou uma redução de 20,8% no desmatamento.
O estado do Pará é o mais afetado, concentrando 29% das áreas desmatadas na Amazônia. Mato Grosso, por outro lado, teve um aumento alarmante de setenta e quatro por cento na supressão da vegetação, tornando-se o estado com a maior degradação florestal. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou que, sem as queimadas, a Amazônia teria registrado uma queda de oito por cento no desmatamento.
O sistema Deter, que utiliza imagens de satélite para monitorar a floresta, permite que equipes de fiscalização atuem rapidamente nas áreas afetadas. Capobianco enfatizou que os incêndios se tornaram um novo desafio, com grileiros utilizando o fogo como ferramenta para desmatamento, uma vez que o corte raso é mais facilmente detectado e punido.
No Cerrado, a redução do desmatamento foi impulsionada por quedas significativas nos estados do Maranhão, Minas Gerais e Tocantins, enquanto o Piauí registrou um aumento de trinta e três por cento. Essa é a primeira vez desde 2018/2019 que o Cerrado apresenta uma diminuição na degradação.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reafirmou o compromisso do Brasil com a meta de desmatamento zero até dois mil e trinta. Ela também anunciou melhorias na infraestrutura do ministério para combater incêndios, incluindo a disponibilização de onze aeronaves e mais de oitocentas viaturas para operações de combate ao fogo.
Os dados do Deter não representam a taxa anual de desmatamento, que é medida por outro sistema do Inpe, o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes). A divulgação anual desse índice ocorre normalmente em novembro. Em tempos de crise ambiental, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação da floresta e a recuperação das áreas afetadas.

Ibama intensifica fiscalização na BR-319, resultando em apreensões de equipamentos de desmatamento, multas superiores a R$ 8 milhões e embargo de 1.600 hectares de áreas desmatadas ilegalmente. A operação visa combater crimes ambientais e proteger a Amazônia.

O Congresso Nacional aprovou o PL 2.159/2021, conhecido como "PL da Devastação", que facilita o licenciamento ambiental e pode legalizar a degradação dos biomas brasileiros. A medida contrasta com a emergência climática e gera preocupações sobre a proteção ambiental. A ministra Marina Silva deve convencer o presidente Lula da Silva a vetar o projeto, que representa um retrocesso nas políticas ambientais do país.

Ibama libera captura de 649 pirarucus na Terra Indígena Vale do Javari, gerando R$ 415 mil para comunidades locais. A ação promove a conservação e a renda sustentável nas áreas indígenas.

A Nespresso anunciou um relatório de sustentabilidade com metas até 2050, incluindo café com zero emissões de carbono e R$ 5 milhões para agricultura regenerativa no Brasil. A empresa já investiu R$ 8,4 bilhões em práticas sustentáveis.

O Programa BioRegio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) busca impulsionar a bioeconomia na Amazônia, promovendo inovação e sustentabilidade. O programa será destacado na COP30, em 2025, em Belém, visando atrair investimentos e gerar empregos.

A foto de uma anta resgatada após incêndio no Pantanal, intitulada “Depois das chamas, esperança”, conquistou o Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 na categoria “Agentes de mudança, portadores de esperança”. O animal, apelidado de Valente, foi gravemente ferido e resgatado por uma equipe do projeto Onçafari. O prêmio, criado pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, visa promover a conscientização ambiental.