Espuma tóxica cobre o Rio Tietê em Salto, afastando turistas e evidenciando a poluição crônica. Sabesp e governo paulista prometem investimentos de R$ 90 bilhões até 2029 para despoluição e saneamento.
Densas camadas de espuma tóxica cobrem o Rio Tietê na região de Salto, interior de São Paulo, há três dias. Esse fenômeno, causado pelo acúmulo de resíduos como detergentes e sabão em pó, é comum durante a estiagem. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) intensificou as fiscalizações nas estações de tratamento de esgoto e aplica multas para combater a poluição. O fotógrafo Daniel Santos, que documenta a poluição na região há mais de dez anos, registrou a espuma em imagens feitas com drone.
Santos, morador de Salto, observa que a formação de espuma ocorre anualmente nesse período seco. Ele relata que a poluição afasta turistas, que são atraídos pelas belezas naturais da cidade. "A espuma tem um cheiro forte, causando náuseas e ardência nos olhos", afirma. A diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, explica que a baixa vazão do rio e a alta concentração de poluentes contribuem para o fenômeno.
Ribeiro também menciona o rompimento de uma rede coletora de esgoto na Marginal do Tietê, que aumentou a carga poluidora no rio. A Sabesp, por sua vez, afirma que a formação de espuma é um problema histórico, resultado de décadas de despejo irregular de efluentes industriais e esgoto sem tratamento. O diretor de engenharia da Sabesp, Roberval Tavares, destaca que a despoluição do Tietê ainda não chegou a Salto e que 34% do esgoto na Região Metropolitana de São Paulo não é tratado.
A Sabesp está investindo cerca de R$ 70 bilhões para universalizar o saneamento em 377 municípios até 2029. A empresa promete ações concretas para melhorar a qualidade dos corpos hídricos. O Governo de São Paulo, através do programa IntegraTietê, planeja investir R$ 20 bilhões em saneamento básico até 2029, além de implantar redes de esgoto em 2,2 milhões de domicílios.
Em 2023, a CETESB realizou 324 coletas de amostras e 114 vistorias em estações de tratamento e indústrias. Foram aplicadas penalidades que somam R$ 3,8 milhões. O governo também investe em limpeza e desassoreamento do rio, retirando mais de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Apesar dos esforços, Santos expressa desânimo em relação a mudanças significativas, afirmando que não vê esperança de melhorias no curto prazo.
Essa situação crítica no Rio Tietê destaca a necessidade urgente de ações coletivas para a recuperação ambiental. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação dos recursos hídricos e a promoção de um turismo sustentável na região. Mobilizações e projetos comunitários podem fazer a diferença na luta contra a poluição e na valorização das belezas naturais de Salto.
Nos últimos dias, 47 pinguins-de-Magalhães juvenis foram encontrados encalhados no litoral paulista, com quatro vivos e 43 mortos, enquanto causas de óbito são investigadas pelo Instituto Argonauta. A presença de juvenis nesta época é comum, mas a população da espécie enfrenta riscos crescentes.
O governador do Pará, Helder Barbalho, destaca que quase 40 obras estão quase concluídas em Belém, com investimento de R$ 4,5 bilhões, preparando a cidade para a COP 30, que reunirá 50 mil participantes.
O uso de tecnologia e ciência cidadã tem impulsionado a identificação de baleias-jubarte na Antártida, promovendo sua conservação e engajando o público em sua proteção. A plataforma Happywhale, com mais de 112 mil registros, permite que turistas e pesquisadores contribuam para o monitoramento desses cetáceos, essenciais para a saúde dos oceanos.
Censo Escolar revela que estados da Amazônia, como Acre e Amazonas, têm baixa oferta de educação ambiental. Em 2024, MEC atualiza política e aprova financiamento para ações nas escolas.
Evento em março de 2025 revisou normas de proteção a cavidades subterrâneas no Brasil, destacando a necessidade de um modelo estatístico robusto e inclusão no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas. A discussão, promovida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), visa aprimorar a proteção e garantir a conservação desse patrimônio natural.
Em 2025, o Fundo Clima direcionou R$ 805,4 milhões em empréstimos do BNDES, com 72% para energia renovável, destacando um projeto de R$ 500 milhões no Rio Grande do Norte. A transição energética avança.