Educação

Estádios brasileiros promovem inclusão com espaços sensoriais para torcedores com autismo e outras condições

Crianças com transtorno do espectro autista (TEA) participaram de jogo no estádio Alfredo Jaconi, onde o goleiro Gustavo emocionou-se ao interagir com um menino. Estádios brasileiros, como o Allianz Parque e o Mineirão, agora oferecem salas sensoriais para torcedores com autismo e outras condições, promovendo inclusão e acessibilidade.

Atualizado em
April 16, 2025
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O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que vem ganhando reconhecimento e respeito na sociedade. No último fim de semana, crianças com TEA tiveram a oportunidade de entrar em campo no estádio Alfredo Jaconi, no Rio Grande do Sul, durante uma partida entre Juventude e Ceará, válida pelo Campeonato Brasileiro. O momento emocionante em que o goleiro Gustavo colocou a mão no ombro de um dos meninos e o abraço caloroso entre eles rapidamente se tornou viral nas redes sociais.

Gustavo expressou sua emoção ao comentar sobre a interação: “A troca de carinho e a alegria dele me emocionaram de verdade”. Apesar de ainda enfrentarmos problemas como violência e racismo nos estádios, os clubes estão se mostrando mais preocupados com questões sociais, incluindo a acessibilidade para torcedores com autismo.

O Allianz Parque, casa do Palmeiras, já conta com uma sala sensorial, projetada para reduzir o som externo em até quarenta decibéis, atendendo às necessidades de torcedores com hipersensibilidade auditiva, um dos sintomas do TEA. Além disso, o espaço é equipado com profissionais capacitados e adaptações para atender também pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Desenvolvimento de Linguagem (TDL) e Síndrome de Down.

Outros clubes, como Corinthians e São Paulo, também investiram em espaços semelhantes. O Mineirão, em Belo Horizonte, inaugurou o Camarote TEA, que acomoda quatorze espectadores e oferece um ambiente inclusivo. No Beira-Rio, estádio do Internacional, foi criado um espaço com capacidade para dezesseis pessoas, equipado com abafadores de ruídos e acessibilidade total, com atendimento de uma equipe treinada.

No centro-oeste, o Goiás foi pioneiro ao abrir um espaço especial no Estádio Hailé Pinheiro, conhecido como “Estádio da Serrinha”. O camarote conta com brinquedos, videogames, TVs e pufes, proporcionando uma experiência agradável para as crianças. Essas iniciativas demonstram um avanço significativo na inclusão de torcedores com TEA e outras condições.

Essas ações são um passo importante para a inclusão social e a promoção do respeito às diferenças. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar e expandir projetos que visam a acessibilidade e o acolhimento de todos nos eventos esportivos. O envolvimento da comunidade pode fazer a diferença na vida de muitas crianças e suas famílias, promovendo um ambiente mais inclusivo e acolhedor.

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