Uma dissertação de mestrado na Fiocruz analisou os custos das Unidades Básicas de Saúde Fluvial na Amazônia, totalizando R$ 761.705,87, e destacou a necessidade de novas pesquisas para aprimorar a estratégia de saúde.
Inserida há doze anos na Política Nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde, a Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) é uma estratégia única no Brasil, voltada para atender populações ribeirinhas na Amazônia. Recentemente, uma dissertação de mestrado da Fiocruz analisou os custos operacionais das UBSFs, revelando um gasto total de R$ 761.705,87. O estudo, que se concentrou em uma UBSF no município de Tefé, a 523 quilômetros de Manaus, é um marco na avaliação da saúde coletiva no país.
O autor da pesquisa, Cláudio Pontes, destacou que os principais custos foram com recursos humanos (64,62%), insumos de saúde (17,72%) e combustível (12,11%). Durante o período analisado, foram realizadas nove viagens, atendendo dez áreas e trinta comunidades. A dissertação foi publicada na coleção britânica Intechopen, contribuindo para o entendimento dos custos da Atenção Primária à Saúde (APS) em contextos fluviais e rurais.
O estudo também apontou que os repasses federais e municipais são suficientes para as operações durante a cheia dos rios, mas não foram feitas estimativas para o período da seca, quando os custos aumentam significativamente. Pontes recomenda novas pesquisas sobre custo-efetividade e eficiência das UBSFs, além de destacar a falta de controle informatizado e a ausência de comparações com outras unidades de saúde.
Os desafios enfrentados pelas populações ribeirinhas incluem o acesso limitado a serviços de saúde, com uma média de 4,2 horas para alcançar áreas urbanas. Além disso, a sazonalidade dos rios e as condições climáticas dificultam o transporte e a logística. A pesquisa revelou altas taxas de doenças, como hipertensão, que afetam 26% da população adulta, e a desigualdade histórica no acesso a cuidados médicos.
Cláudio Pontes e Rodrigo Tobias, seu orientador, enfatizam a importância do estudo como referência para a saúde fluvial. Atualmente, eles realizam uma pesquisa para promover um diagnóstico situacional das cinquenta e quatro UBSFs cadastradas na Amazônia. Esse diagnóstico é crucial para entender as condições de financiamento e identificar oportunidades e desafios na implementação da APS em regiões ribeirinhas.
Com a análise dos custos e desafios, é possível que ações sejam tomadas para reativar embarcações e ampliar a oferta de serviços de saúde na região. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que melhorem a saúde das populações ribeirinhas, garantindo o direito universal à saúde em contextos tão desafiadores.
Letícia Voi, de 27 anos, vive com acromatopsia, uma condição genética que limita sua visão a apenas 5% e a impede de perceber cores. Apesar dos desafios, ela é autônoma, trabalha em assistência social e ensina jiu-jitsu.
O Senado aprovou um projeto de lei que reserva 30% das vagas nos conselhos de administração de empresas estatais e de sociedade mista para mulheres, com implementação gradual em três anos. A proposta, que visa aumentar a representatividade feminina, inclui cotas específicas para mulheres negras e com deficiência, e será fiscalizada por órgãos de controle. O projeto, de autoria da deputada Tabata Amaral, agora aguarda sanção do presidente Lula.
Marcos Lopez, fotógrafo argentino, apresenta esculturas feitas com materiais naturais na exposição “Diálogos: conexões criativas e meio ambiente” em Niterói, até 14 de junho. A entrada é gratuita.
Entregadores do iFood terão aumento na taxa mínima a partir de 1º de junho, após protestos por melhores condições de trabalho. Taxas para motocicletas e bicicletas subirão, além de novos benefícios.
A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou proposta que obriga o poder público a buscar leitos de UTI em hospitais privados para pessoas com 80 anos ou mais quando não houver vagas em instituições públicas. A medida visa garantir acesso à saúde para idosos vulneráveis, mas levanta questões sobre a universalidade do atendimento. O projeto segue para análise em outras comissões antes de ser votado pela Câmara e Senado.
Mulheres no Brasil doam mais roupas e calçados para vítimas de tragédias, com 34% contribuindo sempre, em comparação a 24% dos homens, segundo pesquisa da ONG Movimento União BR e da empresa Nexus. A confiança em instituições religiosas também é maior entre as mulheres, refletindo um engajamento significativo nas doações.