Um estudo paulista revela que a recuperação de vegetação nativa pode aumentar o PIB agropecuário em até R$ 4,2 bilhões anuais, destacando a importância da polinização para a agricultura. Pesquisadores mapearam áreas agrícolas e fragmentos de vegetação, evidenciando que a restauração de ecossistemas pode beneficiar a produtividade de cultivos como soja, laranja e café. As recomendações já foram integradas ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática.

Um estudo realizado em São Paulo revela que a recuperação da vegetação nativa pode aumentar o PIB agropecuário do estado em até R$ 4,2 bilhões por ano. A pesquisa, conduzida por Rafael Chaves, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e Eduardo Moreira, da Universidade de São Paulo, utiliza imagens de satélite para mapear áreas agrícolas e fragmentos de vegetação, evidenciando a importância da polinização para cultivos como soja, laranja e café.
Os pesquisadores identificaram que a restauração de áreas verdes ao redor das lavouras pode ampliar a oferta de polinizadores, beneficiando a produtividade agrícola. A presença de matas e cerrados próximos aos cultivos aumenta a diversidade de polinizadores, especialmente abelhas, resultando em frutos e grãos de maior quantidade e qualidade.
A pesquisa também destacou desafios para a implementação dessas práticas, como a homogeneidade das paisagens agrícolas em regiões críticas, como o Médio Paranapanema, onde extensos monocultivos de soja predominam. No entanto, os pesquisadores acreditam que a restauração de ecossistemas pode mitigar essas limitações e aumentar a polinização.
Os ganhos econômicos potenciais são significativos: apenas com as lavouras de soja, laranja e café, os benefícios seriam de R$ 1,4 bilhão, R$ 1 bilhão e R$ 660 milhões anuais, respectivamente. Cultivos permanentes, como goiaba e abacate, poderiam gerar mais R$ 280 milhões, enquanto os temporários, como tomate e feijão, contribuiriam com R$ 820 milhões.
Esses dados demonstram como soluções baseadas na natureza podem simultaneamente beneficiar a agricultura, aumentar a renda dos produtores e proteger a biodiversidade. A pesquisa foi reconhecida com o Prêmio MapBiomas 2025, que valoriza iniciativas em conservação e manejo sustentável.
As recomendações do estudo já foram integradas ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (Pearc), lançado pelo Governo de São Paulo. Essa iniciativa pode inspirar a sociedade civil a apoiar projetos que promovam a recuperação da vegetação nativa, contribuindo para um futuro mais sustentável e produtivo.

Ciclone se aproxima do Sudeste, trazendo chuvas intensas e risco de alagamentos. Inmet alerta para ventos fortes e deslizamentos em várias regiões do Brasil.

O Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza no Rio de Janeiro busca transformar a mobilização de capital para enfrentar a lacuna de US$ 200 bilhões em financiamento climático no Brasil. Com a participação de líderes do governo e da sociedade civil, o evento visa posicionar o país como protagonista na agenda climática global, promovendo soluções que integrem desenvolvimento, inclusão e conservação ambiental.

O Cerrado é o primeiro bioma a receber o Landscape Accelerator – Brazil, que visa promover a agricultura regenerativa e reverter a degradação do solo, com potencial de gerar US$ 100 bilhões até 2050. A iniciativa, lançada em 2024, é uma parceria entre o WBCSD, Cebds e BCG, com apoio do Ministério da Agricultura. A implementação de práticas regenerativas em 32,3 milhões de hectares pode aumentar a produtividade em até 11% e reduzir emissões de carbono em 16%.

Estudo do Ipam revela que 20 milhões de hectares de vegetação nativa no cerrado foram queimados entre 2003 e 2020, com incêndios se espalhando para áreas não desmatadas, exigindo políticas urgentes de manejo do fogo.

O Painel de Carbono Florestal, lançado pela ONG Idesam, mapeou 175 projetos de crédito de carbono no Brasil, revelando sobreposições de terras e exclusão de comunidades tradicionais. Apenas 11 projetos pertencem a territórios coletivos.

A startup Ocellott desenvolve baterias e sistemas de alta tensão para eletrificação de aeronaves, participando de eventos internacionais para promover inovações sustentáveis na aviação. A expectativa é que aeronaves elétricas e híbridas comecem a operar em dois a três anos, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.