Meio Ambiente

Estudo paulista revela que recuperação de vegetação nativa pode gerar R$ 4,2 bilhões ao PIB agropecuário

Um estudo paulista revela que a recuperação de vegetação nativa pode aumentar o PIB agropecuário em até R$ 4,2 bilhões anuais, destacando a importância da polinização para a agricultura. Pesquisadores mapearam áreas agrícolas e fragmentos de vegetação, evidenciando que a restauração de ecossistemas pode beneficiar a produtividade de cultivos como soja, laranja e café. As recomendações já foram integradas ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática.

Atualizado em
August 1, 2025
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CAMPOS - Cultivo sustentável e mais produtivo (Semil/Divulgação)

Um estudo realizado em São Paulo revela que a recuperação da vegetação nativa pode aumentar o PIB agropecuário do estado em até R$ 4,2 bilhões por ano. A pesquisa, conduzida por Rafael Chaves, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e Eduardo Moreira, da Universidade de São Paulo, utiliza imagens de satélite para mapear áreas agrícolas e fragmentos de vegetação, evidenciando a importância da polinização para cultivos como soja, laranja e café.

Os pesquisadores identificaram que a restauração de áreas verdes ao redor das lavouras pode ampliar a oferta de polinizadores, beneficiando a produtividade agrícola. A presença de matas e cerrados próximos aos cultivos aumenta a diversidade de polinizadores, especialmente abelhas, resultando em frutos e grãos de maior quantidade e qualidade.

A pesquisa também destacou desafios para a implementação dessas práticas, como a homogeneidade das paisagens agrícolas em regiões críticas, como o Médio Paranapanema, onde extensos monocultivos de soja predominam. No entanto, os pesquisadores acreditam que a restauração de ecossistemas pode mitigar essas limitações e aumentar a polinização.

Os ganhos econômicos potenciais são significativos: apenas com as lavouras de soja, laranja e café, os benefícios seriam de R$ 1,4 bilhão, R$ 1 bilhão e R$ 660 milhões anuais, respectivamente. Cultivos permanentes, como goiaba e abacate, poderiam gerar mais R$ 280 milhões, enquanto os temporários, como tomate e feijão, contribuiriam com R$ 820 milhões.

Esses dados demonstram como soluções baseadas na natureza podem simultaneamente beneficiar a agricultura, aumentar a renda dos produtores e proteger a biodiversidade. A pesquisa foi reconhecida com o Prêmio MapBiomas 2025, que valoriza iniciativas em conservação e manejo sustentável.

As recomendações do estudo já foram integradas ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (Pearc), lançado pelo Governo de São Paulo. Essa iniciativa pode inspirar a sociedade civil a apoiar projetos que promovam a recuperação da vegetação nativa, contribuindo para um futuro mais sustentável e produtivo.

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