Estudo da PUC-Rio revela que fogões a lenha ecoeficientes reduzem em até 60% a poluição do ar em cozinhas, melhorando a saúde e diminuindo o consumo de lenha em comunidades rurais. A pesquisa destaca a importância de soluções sustentáveis para a transição energética.

Em várias regiões do Brasil, especialmente nas áreas rurais, o fogão a lenha continua sendo a principal fonte de calor para cozinhar. Essa prática é mantida tanto por tradição quanto pela dificuldade de acesso a combustíveis mais limpos. De acordo com o Observatório Brasileiro de Erradicação da Pobreza Energética (Obepe), aproximadamente 440 mil pessoas enfrentam pobreza energética no país, com maior incidência no Norte e Nordeste. O Balanço Energético Nacional (2024) indica que a lenha representa 25% do consumo de energia residencial, superando o gás liquefeito de petróleo (GLP) em 21,1%.
Um estudo recente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) investigou a qualidade do ar em cozinhas que utilizam lenha como combustível. A pesquisa foi realizada em uma comunidade quilombola em Cachoeira, na Bahia, em parceria com o projeto Fogão do Mar, do Instituto Perene. Fogões a lenha ecoeficientes foram instalados em residências que antes utilizavam fogões improvisados, com o objetivo de reduzir o uso de lenha e a exposição à fumaça.
A equipe de pesquisa monitorou a qualidade do ar em seis casas antes e depois da substituição dos fogões. O estudo revelou que as cozinhas com fogões rudimentares apresentavam níveis alarmantes de partículas finas (PM2.5) e partículas inaláveis maiores (PM10). As concentrações médias de PM2.5 chegaram a 143 microgramas por metro cúbico de ar (μg/m³), enquanto o PM10 alcançou 210 μg/m³, com alguns lares ultrapassando 1000 μg/m³, muito acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A substituição para fogões ecoeficientes resultou em uma redução de 50% a 60% nas emissões de partículas, com médias de 64 μg/m³ para PM10 e 50 μg/m³ para PM2.5. Além disso, o consumo de lenha para preparar refeições caiu pela metade. As famílias relataram melhorias significativas no bem-estar, com menos fumaça acumulada e menos tempo gasto na coleta de lenha. A comparação com residências que utilizam GLP mostrou que este último emite menos poluentes, com médias de 20 μg/m³ para PM10 e 10 μg/m³ para PM2.5.
Embora o GLP seja a opção mais limpa atualmente, seu custo elevado ainda é um obstáculo para muitas famílias de baixa renda. Mesmo com subsídios governamentais, a continuidade do acesso depende de políticas públicas estáveis. O uso da lenha também está ligado a aspectos culturais, tornando a transição para fontes mais limpas um desafio. Iniciativas que promovem fogões ecoeficientes podem melhorar a qualidade do ar e a vida das comunidades vulneráveis.
Reduzir a poluição nas cozinhas é uma ação crucial para proteger a saúde pública, especialmente de mulheres e crianças, que são mais expostas à fumaça. A substituição de fogões rudimentares também contribui para a diminuição das emissões de carbono negro, um poluente que impacta o aquecimento global. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a ter acesso a tecnologias que promovam saúde e sustentabilidade.

Moradores de Itaparica manifestam preocupações sobre os impactos socioambientais da ponte Salvador-Itaparica, questionando a falta de consulta prévia e a especulação imobiliária na região. A obra, que promete transformar a dinâmica local, gera temores sobre a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades tradicionais.

Beto Veríssimo, cofundador do Imazon, defende o pagamento por serviços ecossistêmicos na COP30, ressaltando a urgência de preservar a Amazônia para cumprir as metas climáticas globais. Ele destaca que a floresta é essencial para a regulação do clima e a economia brasileira, propondo que o Brasil lidere a transição para uma economia de baixo carbono.
O Governo Federal lançou o Programa Nacional de Irrigação Sustentável para Agricultura Familiar (PRONISAF), visando aumentar a produtividade rural com financiamento para irrigação eficiente e energia renovável. O programa, parte do Plano Safra 2024/2025, integra esforços de diversos ministérios e destina R$ 14,8 bilhões ao fortalecimento da agricultura familiar, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A expectativa é que o PRONISAF promova inclusão social e segurança alimentar, enfrentando a crise climática.

Ministério do Trabalho firma convênio de R$ 15,8 milhões com a ONG Unisol para limpeza da terra yanomami, gerando polêmica sobre a gestão dos recursos e a seleção das entidades envolvidas. A Unisol, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, terá a responsabilidade de retirar resíduos e promover educação ambiental, mas as atividades só devem iniciar no segundo semestre.

Victor Hermann lança "Zona Cinza", um livro que examina a desresponsabilização da classe média diante de catástrofes socioambientais, propondo a arte como resposta à crise. A obra reflete sobre a inércia e a necessidade de assumir responsabilidades em um mundo em risco.

O governo federal iniciará uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, em cumprimento a uma ordem do STF, para remover invasores e garimpos ilegais. A ação, que envolve vinte órgãos, visa proteger a saúde e os direitos dos povos indígenas.