A aprovação do PL da Devastação levanta questionamentos sobre a coerência da bancada evangélica em relação à proteção ambiental, desafiando sua interpretação bíblica sobre a Criação. A natureza clama por defensores que entendam seu papel como guardiões, não proprietários.

A relação entre a fé evangélica e a preservação ambiental tem gerado discussões intensas, especialmente após a aprovação do Projeto de Lei (PL) da Devastação. Essa legislação, que afrouxa as normas de proteção ambiental, levantou questionamentos sobre a coerência dos evangélicos em relação aos ensinamentos bíblicos que promovem a proteção da natureza e a responsabilidade humana sobre a Criação.
O Gênesis destaca que Deus viu a Criação como boa, e que a Terra é propriedade d’Ele, conforme Levítico 25.23. No entanto, interpretações distorcidas têm levado muitos a acreditar que o mandamento de "dominar sobre os animais" (Gênesis 1.26) justifica a exploração desenfreada da natureza. Essa visão errônea tem sido criticada por ecologistas, que argumentam que a Bíblia não deve ser usada como justificativa para a destruição ambiental.
Pesquisadores, como Lifschitz, sugerem que a interpretação correta do mandamento é "dominar com" os animais, promovendo uma convivência harmoniosa e a preservação do ecossistema. Além disso, a Bíblia orienta a cuidar e preservar a Criação, como evidenciado em Gênesis 2.15, onde se ordena cultivar e guardar o Jardim. Essas diretrizes estão em desacordo com as ações de parlamentares que apoiam o PL da Devastação.
O pastor Werner Fuchs ressalta que Deus é o maior ambientalista e que a justiça socioambiental deve ser uma prioridade para os cristãos. No entanto, a aprovação do PL no Congresso Nacional, com apoio de parlamentares evangélicos, contrasta com os princípios bíblicos que defendem a proteção da natureza. A expectativa é que, ao retomar as discussões sobre o projeto, esses representantes se lembrem de seu papel como guardiões da Criação.
A natureza, segundo o apóstolo Paulo, "gemido da Criação" (Romanos 8.22), aguarda ações dos cristãos que valorizam a vida em todas suas formas. Iniciativas como a coletânea "Assim na Terra como no Céu" e movimentos como o Renovar Nosso Mundo demonstram que a aplicação dos ensinamentos bíblicos sobre a natureza pode gerar transformações significativas. A conscientização sobre a importância de cuidar do meio ambiente é essencial para as futuras gerações.
A reflexão sobre o papel do ser humano como guardião da Terra é urgente. A destruição ambiental traz consequências não apenas para o presente, mas também para o futuro. A união em torno de causas que promovam a proteção ambiental pode ser um passo importante para garantir um legado sustentável. Ao apoiar iniciativas que valorizem a vida e a natureza, a sociedade civil pode contribuir para um futuro mais justo e equilibrado.

Samyr Mariano, aos 22 anos, lidera o coletivo AMA, que mobiliza jovens em Paraty para a educação ambiental e fiscalização, barrando empreendimentos prejudiciais à biodiversidade e comunidades tradicionais.

A Gruta de Kamukuwaká, sagrada para os Wauja, foi vandalizada, levando à criação de uma réplica e à luta por reconhecimento cultural e proteção territorial. A inauguração da réplica em Ulupuwene marca um passo importante na preservação da cultura indígena.

A JBS, em parceria com a Ecoporé, lançou o projeto Vitrines de Restauração para restaurar 3.000 hectares em Rondônia, utilizando a técnica de muvuca e beneficiando comunidades locais. A iniciativa visa promover a bioeconomia e gerar renda para os envolvidos.

Investimentos em adaptação climática podem gerar até US$ 10,5 em benefícios por cada dólar aplicado, segundo estudo do WRI. Projetos no Brasil, como o de Fortaleza, demonstram retornos significativos, mesmo sem desastres.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou investimentos de R$ 491,3 milhões para a transposição do rio São Francisco em Pernambuco e criticou o governo anterior por paralisias em obras. Durante visitas ao Nordeste, Lula enfatizou a importância de garantir que a água chegue às casas e prometeu não permitir retrocessos. Ele destacou que a transposição é uma "redenção de um povo" e que a obra deve ser concluída até 2028.

Em 28 de maio de 2025, a OPAS/OMS e o Ministério da Saúde premiaram três instituições brasileiras pelo controle do tabaco e lançaram a campanha “Produtos sedutores. Intenções Perversas.”. A iniciativa visa alertar sobre as táticas enganosas da indústria do tabaco, especialmente entre os jovens.