Falta de transparência nos dados hospitalares no Brasil prejudica escolhas de pacientes, que dependem de critérios subjetivos. Iniciativas como a da Anahp visam melhorar essa situação, mas ainda não são acessíveis ao público.

A falta de transparência nos dados hospitalares no Brasil impede que pacientes façam escolhas informadas sobre onde se tratar. Atualmente, não existem indicadores de qualidade acessíveis e comparáveis que ajudem a responder a perguntas cruciais sobre o desempenho das instituições de saúde. Informações sobre segurança do paciente, efetividade clínica e eficiência são frequentemente mantidas em sigilo, dificultando a avaliação por parte dos usuários.
Embora iniciativas como o Sistema de Indicadores Hospitalares da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) tenham sido criadas para melhorar a transparência, os dados ainda não estão disponíveis ao público. O sistema, que reúne informações de 176 hospitais privados e 50 públicos, ainda carece de uma política nacional que obrigue a divulgação de indicadores assistenciais de forma padronizada e acessível.
O especialista em inovação em saúde, Clemente Nóbrega, destaca a importância de se ter acesso a dados concretos sobre tratamentos específicos, como as taxas de sobrevivência em casos de câncer. Ele critica a falta de informações sobre desfechos em saúde, que indicam o resultado final dos tratamentos, como complicações ou necessidade de reinternação. A ausência de dados comparáveis prejudica tanto a escolha dos pacientes quanto a gestão da qualidade nos hospitais.
A resistência à abertura de dados por parte das instituições é justificada por preocupações com a imagem institucional e a alegação de que a população não teria capacidade para interpretar as informações. No entanto, essa opacidade impede a identificação de falhas nos serviços de saúde e a promoção de melhorias contínuas, resultando em custos elevados e perda de vidas. Um estudo de 2016 estimou que 302,6 mil vidas são perdidas anualmente devido a eventos adversos em hospitais.
Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não avalia o desempenho dos hospitais, focando apenas nas operadoras de saúde. Isso limita a alocação estratégica de recursos e a implementação de modelos de remuneração baseados em valor, que são cada vez mais comuns em outros países. Para mudar esse cenário, é essencial que o Ministério da Saúde e a ANS definam um conjunto mínimo de indicadores que devem ser coletados e publicados por todos os hospitais.
Promover a educação em saúde da população é fundamental para que os dados sejam compreendidos e utilizados de maneira eficaz. A união da sociedade civil pode ser um motor de mudança, incentivando a transparência e a melhoria dos serviços de saúde. Projetos que visem a coleta e a divulgação de informações sobre a qualidade dos hospitais podem ser um passo importante para garantir que todos tenham acesso a cuidados de saúde adequados e seguros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.153, que garante CNH gratuita a candidatos do CadÚnico a partir de 11 de agosto de 2025, financiada por multas de trânsito. A medida visa facilitar a mobilidade de famílias de baixa renda.

Mauro Silva, tetracampeão mundial e vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, defende a educação financeira para atletas e sugere que ex-jogadores se engajem na política para promover mudanças sociais.

O governo brasileiro lançará o programa Gás para Todos em 5 de agosto, com o objetivo de distribuir botijões de gás a 17 milhões de famílias até 2027, com investimento de R$ 2,6 bilhões. A iniciativa, anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, visa combater a pobreza energética e melhorar a saúde pública. O programa contará com mais de 40 mil postos de distribuição e um novo sistema de pagamento, em desenvolvimento pela Caixa Econômica Federal.

A partir de 2 de março de 2026, a perícia para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) terá regras unificadas entre Justiça e INSS, com avaliação biopsicossocial. A mudança visa evitar distorções nas concessões e foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após um aumento significativo de pedidos no Judiciário. A nova abordagem garantirá uma análise mais completa, envolvendo aspectos médicos e sociais, refletindo um avanço na política assistencial.

Supermercados dominam a venda de alimentos ultraprocessados no Brasil, conforme estudo de Marcos Anderson Lucas da Silva, que propõe o sistema Locais-Nova para promover o acesso a opções saudáveis. A pesquisa destaca a necessidade de intervenções públicas para melhorar a disponibilidade de alimentos frescos e saudáveis, especialmente em áreas periféricas.

Levantamento aponta que escolas públicas estaduais em São Paulo têm até 27 vezes mais desordem que as particulares, afetando saúde e segurança dos adolescentes. O estudo revela desigualdade alarmante na infraestrutura escolar.