Mulheres da Bahia, lideradas por Florisdete Santos, revitalizam o cultivo da araruta, promovendo saúde e renda em meio à crise climática, resgatando saberes tradicionais e fortalecendo a agricultura familiar.

Florisdete Santos, uma agricultora de 52 anos, está liderando um movimento para revitalizar o cultivo da araruta na comunidade de Tabuleiro dos Crentes, em Elísio Medrado, na Bahia. A araruta, uma raiz rica em nutrientes, foi esquecida em favor da mandioca, mas agora está sendo resgatada como uma alternativa viável diante da crise climática. Florisdete, que cresceu consumindo mingau de araruta, se lembrou dos benefícios da raiz quando sua mãe enfrentou problemas de saúde relacionados à diabetes.
O projeto Resiliências Climáticas, da ONG Gambá, visa promover práticas de convivência com o semiárido e resgatar saberes tradicionais. Florisdete foi uma das primeiras a se manifestar sobre a araruta durante uma reunião do projeto, reconhecendo seu potencial para ajudar na saúde e na geração de renda. A fécula da araruta, que não contém glúten e é rica em fibras, é uma opção saudável e de fácil digestão, especialmente para pessoas com restrições alimentares.
Após a recuperação de sua mãe, Florisdete começou a preparar diversos alimentos com araruta, como pão, bolo e biscoitos, que se tornaram populares entre sua família e foram vendidos em Salvador. No final do ano passado, ela distribuiu mudas de araruta para outros agricultores, incentivando o cultivo da raiz. O biólogo Rafael Freire, da ONG Gambá, destaca que a araruta é uma planta resistente a solos pobres e secos, tornando-se uma alternativa valiosa para comunidades vulneráveis em tempos de escassez hídrica.
Na região de Elísio Medrado, um grupo de onze mulheres se uniu para cultivar a araruta, apesar dos desafios impostos pela seca. A agricultora Ailda Silva, de 47 anos, relata que algumas mudas não sobreviveram ao calor intenso, mas as que foram cuidadas estão prosperando. A araruta pode ser plantada durante todo o ano e colhida em cerca de seis meses, apresentando um valor de mercado que pode chegar a R$ 35,00 por quilo, em comparação com os R$ 4,00 a R$ 6,00 da farinha de mandioca.
Florisdete enfatiza que o cultivo da araruta pode ser integrado a sistemas agroflorestais, permitindo que as mulheres obtenham sustento sem degradar o solo. O manejo da araruta é mais simples do que o da mandioca, o que facilita a participação feminina. Embora a produção atual ainda seja pequena, há esperança de que mais mulheres se juntem à iniciativa e que equipamentos para processar a fécula em maior escala sejam adquiridos.
O resgate da araruta representa uma reconexão com a infância e a alimentação tradicional para essas mulheres. Ailda compartilha que muitas pessoas reconhecem a força delas, creditando isso ao mingau de araruta que consumiram na infância. Projetos como esse merecem apoio da sociedade civil, pois podem transformar a realidade de comunidades vulneráveis e promover a segurança alimentar em tempos de crise.

Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) se reuniu em Nanjing com empresas chinesas para discutir energia renovável e bioeconomia na Amazônia, destacando o potencial do Amapá. O encontro visou fortalecer a agricultura familiar e o extrativismo, promovendo parcerias para impulsionar a produção de açaí e bioprodutos.

A primeira-dama Janja lançou o edital Mãe Beata Justiça Ambiental em Nova Iguaçu, homenageando Mãe Beata como Promotora da Igualdade Racial e participando de um culto com mulheres evangélicas. A ação visa fortalecer iniciativas de combate ao racismo ambiental.

Jarbas Barbosa, diretor da OPAS, enfatizou a urgência de priorizar a saúde nas políticas climáticas e garantir financiamento antes da COP30, diante do aumento de doenças e desastres naturais nas Américas.

Patrícia Muniz de Lima criou o Gamezônia, um jogo educacional sobre a Amazônia, visando conscientizar sobre desmatamento e biodiversidade. A iniciativa busca expandir e participar da COP30.

Iniciaram as atividades de prevenção a incêndios florestais na Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul, com a formação de brigadas indígenas e apoio da Funai e Ibama. A ação visa proteger a biodiversidade local.

Samyr Mariano, aos 22 anos, lidera o coletivo AMA, que mobiliza jovens em Paraty para a educação ambiental e fiscalização, barrando empreendimentos prejudiciais à biodiversidade e comunidades tradicionais.