A Folha de S.Paulo questiona a segurança do consumo de cação, mas enfrenta críticas por falta de evidências e por não ouvir entidades que defendem a pesca sustentável. A polêmica envolve riscos à saúde e ao meio ambiente.

O consumo de carne de tubarão, conhecido como cação, é uma prática comum no Brasil, especialmente em escolas e hospitais públicos. Recentemente, a Folha de S.Paulo trouxe à tona preocupações sobre os riscos sanitários e ambientais associados a esse alimento, gerando polêmica e críticas por parte de entidades que defendem a sustentabilidade da pesca.
O artigo da Folha, que republicou um texto do site Mongabay, levantou questões sobre a segurança do cação, afirmando que seu consumo poderia trazer riscos à saúde e ao meio ambiente. A reportagem destacou que a carne de tubarão é rica em toxinas de metais pesados e que a população de tubarões tem diminuído devido à sobrepesca. No entanto, a falta de evidências concretas para essas alegações gerou descontentamento entre especialistas e associações do setor pesqueiro.
Entidades como a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) e a Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abrapes) contestaram as informações apresentadas. Ambas afirmaram que o cação comercializado no Brasil não apresenta contaminação e que dados oficiais do governo comprovam a segurança do produto. Além disso, ressaltaram que a pesca de tubarões-azuis, a principal espécie utilizada, é considerada sustentável.
O Ministério da Saúde também foi mencionado, pois recomenda o cação para crianças pequenas, destacando sua ausência de espinhas e não mencionando contaminantes. Contudo, a reportagem não buscou uma posição oficial do ministério, o que levantou mais críticas sobre a falta de um debate equilibrado na cobertura do tema.
Além disso, a Folha não incluiu vozes de especialistas que defendem a sustentabilidade da pesca, limitando-se a ouvir uma ONG que pede a proibição das compras institucionais de carne de tubarão. Essa abordagem unilateral foi vista como uma falha na responsabilidade jornalística, que deveria incluir diferentes perspectivas sobre o assunto.
Em um cenário onde as preocupações ambientais e sanitárias são cada vez mais relevantes, é essencial que a discussão sobre o consumo de cação seja baseada em dados concretos e que todas as partes interessadas sejam ouvidas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a pesca sustentável e a segurança alimentar, garantindo um futuro mais equilibrado para todos.

Em 2024, o Brasil registrou queimadas em 30 milhões de hectares, com a Amazônia sendo a mais afetada, totalizando 15,6 milhões de hectares queimados, um aumento alarmante de 117% em relação à média histórica. O Relatório Anual do Fogo (RAF) do MapBiomas revela que a degradação florestal, impulsionada por ações humanas e secas severas, pode levar à savanização da região.

Pedro Martins de Souza, aos 78 anos, reflorestou sua propriedade em Minas Gerais, aumentando água e renda. A iniciativa, apoiada pelo Instituto Terra, inspirou outros produtores e recuperou nascentes na região.

Antonio Basile presenteou seu filho e nora com uma colmeia de abelhas-europeias, que inspirou a criação da Mbee, uma das maiores distribuidoras de mel nativo do Brasil, unindo 80 meliponicultores em 16 estados.

A ANP leiloou 16 mil km² na bacia da Foz do Amazonas, vendendo 19 blocos para empresas como Petrobrás e ExxonMobil, enquanto ativistas protestam contra os riscos ambientais da exploração.
Ibama capacita 49 profissionais em Ilhéus/BA para emergências ambientais, focando em derramamentos de óleo. A iniciativa visa fortalecer a resposta a crises ambientais no litoral nordestino.

A plataforma "Chico Vive" do Estúdio Escarlate visa revitalizar o legado de Chico Mendes com um longa-metragem, um documentário e um prêmio para jovens líderes ambientais. A CEO Joana Henning destacou o acesso exclusivo ao acervo de Adrian Cowell, que inclui registros históricos da Amazônia. O prêmio ocorrerá em 23 de outubro, reunindo importantes figuras do meio ambiental e cultural.