Pesquisadores da UFSCar e Unicamp analisam frutos do Cerrado, como abacaxi-do-cerrado e pequi, destacando seu valor nutricional e a importância de seu consumo para a saúde e preservação ambiental.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) analisaram a composição nutricional de frutos nativos do Cerrado, como abacaxi-do-cerrado e pequi. O estudo, publicado no Brazilian Journal of Food Technology, surgiu a partir de investigações sobre a dieta do lobo-guará e do cachorro-do-mato, que indicaram o potencial desses alimentos para o consumo humano.
Os pesquisadores destacaram que frutos como lobeira, angelim-rasteiro e abacaxi-do-cerrado possuem alta concentração de proteínas, enquanto araçá-do-campo, araticum e caraguatá se destacam pelo teor de carboidratos. Esses macronutrientes são essenciais para a saúde, com as proteínas contribuindo para a formação de músculos e órgãos, e os carboidratos fornecendo energia.
Além disso, os cientistas ressaltaram que alguns dos teores nutricionais desses frutos são comparáveis aos de frutas comercialmente conhecidas. A pesquisa ainda aponta a necessidade de novos estudos para avaliar a presença de micronutrientes, como vitaminas e minerais, e fitoquímicos, que podem trazer benefícios à saúde.
O nutricionista Leandro Baptista, do Hospital de Urgências de Goiás (HUGO), enfatiza a importância de diversificar a alimentação e combater a monotonia alimentar. Ele alerta que, em tempos de desinformação sobre frutas, é fundamental esclarecer que os problemas relacionados à frutose estão mais associados a produtos ultraprocessados do que às frutas em si.
O conhecimento sobre as variedades nativas do Cerrado não apenas valoriza a cultura alimentar local, mas também destaca a urgência da preservação ambiental. O Cerrado enfrenta sérios problemas de desmatamento, e a promoção do consumo de suas frutas pode contribuir para práticas sustentáveis e a conservação do bioma.
Iniciativas que buscam valorizar e promover o consumo de frutas nativas podem ter um impacto significativo na preservação do Cerrado e na saúde da população. A união em torno de projetos que incentivem a exploração e o uso sustentável dessas espécies é essencial para garantir um futuro mais saudável e equilibrado.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para queda de temperatura em doze Estados, com a chegada de uma frente fria ao Rio Grande do Sul entre 27 e 28 de setembro. O fenômeno provocará um declínio superior a 5ºC, afetando também São Paulo e outras regiões. As temperaturas devem cair ainda mais entre quinta-feira e sexta-feira, 30, nas áreas Centro-Oeste e Norte.

Setenta por cento dos brasileiros apoiam o fortalecimento das leis ambientais, enquanto o presidente Lula tem 15 dias para decidir sobre o polêmico Projeto de Lei 2.159/2021, que flexibiliza o licenciamento ambiental.

A Operação Mata Viva do Ibama embargou mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, resultando em R$ 2 milhões em multas por atividades ilegais. Apenas 2,5% da cobertura original do bioma permanece.

Carta do Acampamento Terra Livre cobra ações da COP30 e critica violência policial contra indígenas. O evento reuniu cerca de 8 mil participantes e anunciou a Comissão Internacional dos Povos Indígenas.

O Cerrado é o primeiro bioma a receber o Landscape Accelerator – Brazil, que visa promover a agricultura regenerativa e reverter a degradação do solo, com potencial de gerar US$ 100 bilhões até 2050. A iniciativa, lançada em 2024, é uma parceria entre o WBCSD, Cebds e BCG, com apoio do Ministério da Agricultura. A implementação de práticas regenerativas em 32,3 milhões de hectares pode aumentar a produtividade em até 11% e reduzir emissões de carbono em 16%.

Estudos revelam a viabilidade de usinas híbridas no Brasil, combinando geração solar flutuante com hidrelétricas, com potencial para instalar 25 GW em 28 usinas, exigindo ajustes regulatórios.