Pesquisadores da UFSCar e Unicamp analisam frutos do Cerrado, como abacaxi-do-cerrado e pequi, destacando seu valor nutricional e a importância de seu consumo para a saúde e preservação ambiental.
Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) analisaram a composição nutricional de frutos nativos do Cerrado, como abacaxi-do-cerrado e pequi. O estudo, publicado no Brazilian Journal of Food Technology, surgiu a partir de investigações sobre a dieta do lobo-guará e do cachorro-do-mato, que indicaram o potencial desses alimentos para o consumo humano.
Os pesquisadores destacaram que frutos como lobeira, angelim-rasteiro e abacaxi-do-cerrado possuem alta concentração de proteínas, enquanto araçá-do-campo, araticum e caraguatá se destacam pelo teor de carboidratos. Esses macronutrientes são essenciais para a saúde, com as proteínas contribuindo para a formação de músculos e órgãos, e os carboidratos fornecendo energia.
Além disso, os cientistas ressaltaram que alguns dos teores nutricionais desses frutos são comparáveis aos de frutas comercialmente conhecidas. A pesquisa ainda aponta a necessidade de novos estudos para avaliar a presença de micronutrientes, como vitaminas e minerais, e fitoquímicos, que podem trazer benefícios à saúde.
O nutricionista Leandro Baptista, do Hospital de Urgências de Goiás (HUGO), enfatiza a importância de diversificar a alimentação e combater a monotonia alimentar. Ele alerta que, em tempos de desinformação sobre frutas, é fundamental esclarecer que os problemas relacionados à frutose estão mais associados a produtos ultraprocessados do que às frutas em si.
O conhecimento sobre as variedades nativas do Cerrado não apenas valoriza a cultura alimentar local, mas também destaca a urgência da preservação ambiental. O Cerrado enfrenta sérios problemas de desmatamento, e a promoção do consumo de suas frutas pode contribuir para práticas sustentáveis e a conservação do bioma.
Iniciativas que buscam valorizar e promover o consumo de frutas nativas podem ter um impacto significativo na preservação do Cerrado e na saúde da população. A união em torno de projetos que incentivem a exploração e o uso sustentável dessas espécies é essencial para garantir um futuro mais saudável e equilibrado.
Imagens recentes do Ibama revelam a devastação causada pela mineração ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, com impactos ambientais e sociais alarmantes. A atividade garimpeira, que já ocupava 16,1 mil hectares, afeta a fauna e flora locais, além de ameaçar a saúde das comunidades indígenas.
Cientistas monitoram ursos-polares em Svalbard, Noruega, utilizando novos métodos, como a análise de "químicos eternos" e mudanças na dieta devido ao aquecimento global, que afeta sua saúde e habitat.
Cientistas alertam que a mineração em águas profundas pode causar danos irreversíveis a ecossistemas marinhos, com restauração levando milhares de anos. Propostas de proibição em áreas ricas em biodiversidade estão em discussão.
Uma escultura de "O Pensador" de Rodin é coberta por lixo plástico em protesto durante negociações da ONU para um tratado global contra a poluição plástica, destacando a urgência da crise ambiental. O artista Benjamin Von Wong busca conscientizar sobre os impactos da poluição nas futuras gerações.
Água da transposição do Rio São Francisco chegou à Barragem de São Gonçalo, em Sousa (PB), com vazão de 9,3 m³/s, garantindo segurança hídrica ao Rio Grande do Norte. A operação é um marco histórico para a região.
O Ministério do Meio Ambiente criticou o Projeto de Lei 2.159/2021, que altera o licenciamento ambiental, alegando riscos à segurança ambiental e violação de direitos constitucionais. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode desburocratizar processos, mas ambientalistas alertam para possíveis danos a comunidades tradicionais e à gestão socioambiental.