O governo federal concluiu encontros regionais para o Plano Nacional de Logística 2050, enfrentando desafios na integração de demandas socioambientais e na participação da sociedade civil. A fragilização do licenciamento ambiental pelo Senado pode impactar a eficácia do planejamento.
O Senado está aprovando medidas que enfraquecem o licenciamento ambiental, enquanto o governo federal concluiu encontros regionais para o Plano Nacional de Logística 2050 (PNL 2050). Este plano visa definir as obras prioritárias de infraestrutura de transportes no Brasil, representando um passo significativo em direção a um planejamento mais participativo e transparente.
O principal desafio é assegurar que as inovações propostas pelo Ministério dos Transportes (MT) atendam às demandas regionais de forma coordenada e socioambientalmente responsável. É crucial equilibrar a necessidade de escoamento da produção agrícola com a viabilidade da agricultura familiar, que é essencial para a alimentação local.
Além disso, é necessário considerar outras demandas, como o fortalecimento da indústria e o atendimento a populações em áreas isoladas, respeitando os modos de vida dos povos tradicionais e a preservação ambiental. Um planejamento integrado deve alinhar-se ao compromisso do Brasil de alcançar desmatamento zero até 2030.
Para garantir resultados duradouros, o planejamento de infraestrutura deve evitar a descontinuidade causada por ciclos eleitorais. Entre dois mil e sete e dois mil e dezoito, quatro planos logísticos foram interrompidos a cada troca de governo, conforme o Tribunal de Contas da União (TCU), resultando em desperdício de recursos e falta de diretrizes consistentes.
Embora o governo atual tenha promovido um processo mais democrático, a participação da sociedade civil nos encontros regionais foi baixa, com predominância de setores como indústria e agronegócio. Para um desenvolvimento mais equitativo, é fundamental que a participação da sociedade civil seja ampliada nos próximos debates, garantindo acesso ao transporte em regiões historicamente negligenciadas.
Na Amazônia Legal, por exemplo, persistem desequilíbrios no planejamento logístico, com foco excessivo em corredores voltados à exportação de commodities, em detrimento da infraestrutura necessária para a produção local e o acesso a bens básicos. A análise socioambiental deve ser um fator determinante na seleção de investimentos em infraestrutura, considerando os impactos em ecossistemas e comunidades. A união da sociedade pode ser a chave para promover um desenvolvimento mais justo e sustentável.
Estudo do World Resources Institute revela que a bioeconomia na Amazônia pode adicionar R$ 45 bilhões ao PIB do Brasil e gerar 830 mil empregos até 2050, destacando a importância da biodiversidade e do conhecimento local.
Comunidades quilombolas no Tocantins enfrentam invasões e desmatamento, resultando em conflitos fundiários e impactos na produção agrícola. A luta pela titulação de terras continua sem avanços significativos.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou investimentos de R$ 491,3 milhões para a transposição do rio São Francisco em Pernambuco e criticou o governo anterior por paralisias em obras. Durante visitas ao Nordeste, Lula enfatizou a importância de garantir que a água chegue às casas e prometeu não permitir retrocessos. Ele destacou que a transposição é uma "redenção de um povo" e que a obra deve ser concluída até 2028.
Patrícia Muniz de Lima criou o Gamezônia, um jogo educacional sobre a Amazônia, visando conscientizar sobre desmatamento e biodiversidade. A iniciativa busca expandir e participar da COP30.
Dona Nena, produtora de chocolate da Ilha do Combu, pleiteia uma mini-indústria para fortalecer a economia local e destaca a urgência da regularização fundiária para pequenos produtores na Amazônia. Ela representa a luta pela valorização do trabalho na floresta e a preservação ambiental na COP30.
Oliver Humberto Naves Blanco inicia curso gratuito em Presidente Prudente, abordando práticas de agricultura ecológica e regenerativa, visando melhorar a qualidade do solo e combater a mudança climática. O curso, que ocorre em junho, promove a autonomia produtiva e o resgate de saberes ancestrais, essencial para a saúde do solo e do planeta.