O Governo federal publicou um decreto que determina que cinco cursos, como Direito e Medicina, devem ser presenciais, além de novas regras para EAD e semipresenciais. Instituições têm até dois anos para se adaptar.

O Governo federal publicou, no Diário Oficial da União (DOU) em 20 de maio de 2025, um decreto que estabelece novas diretrizes para a educação à distância (EAD) nas instituições de ensino superior. O documento determina que cinco cursos de graduação, incluindo Direito e Medicina, devem ser oferecidos exclusivamente na modalidade presencial. Além disso, cursos das áreas de saúde e licenciatura também não poderão ser oferecidos na modalidade EAD.
Com a definição dos cursos obrigatoriamente presenciais, surgiram debates sobre a inclusão de outras graduações, como Engenharia e Medicina Veterinária. O decreto não menciona esses cursos, mas o Artigo 9º permite que o Ministério da Educação (MEC) adicione novas normativas para definir quais cursos serão exclusivamente presenciais ou semipresenciais.
O decreto introduz a modalidade semipresencial como uma alternativa, além do EAD e do presencial. Mesmo nos cursos que aceitam EAD, a carga horária não poderá ser totalmente remota. Para Medicina, por exemplo, a carga horária em EAD será ainda menor do que a permitida para outros cursos.
As instituições que desejam oferecer cursos semipresenciais ou EAD devem atender a requisitos específicos, como ter infraestrutura física e tecnológica adequada. Isso inclui a necessidade de uma sede com espaços apropriados e a garantia de que os polos EAD possuam salas de coordenação, ambientes para estudos e acesso à internet.
Além disso, as instituições devem contar com um corpo docente qualificado, cujas atribuições e formações ainda serão definidas pelo MEC. O decreto também estabelece que as avaliações nos cursos EAD devem ser presenciais, com a presença física de alunos e professores, em um mesmo local e horário.
As mudanças não serão imediatas; as instituições têm até dois anos para se adaptar às novas regras. Durante esse período, a oferta de cursos na modalidade EAD continuará até a conclusão das turmas atuais. Essa nova regulamentação pode inspirar iniciativas que busquem apoiar a educação de qualidade, promovendo a inclusão e o acesso ao ensino superior para todos.

A superintendente do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, enfatiza a necessidade de compreender as transformações dos adolescentes no ensino fundamental 2 e de criar vínculos de confiança nas escolas. A abordagem deve valorizar múltiplas aprendizagens e promover um ambiente de escuta e acolhimento.

Um em cada três brasileiros é analfabeto funcional, segundo o Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf), revelando a urgência em melhorar habilidades de leitura, escrita e matemática. A Fundação Itaú destaca que essa situação compromete o futuro dos jovens e a competitividade do país.

A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, liderada por Hugo Motta, busca ouvir a sociedade para criar um plano com metas claras até julho, visando transformar a educação no Brasil. A urgência é evidente, com dados alarmantes sobre alfabetização e evasão escolar.

Movimentos indígenas buscam criar universidade indígena com apoio do MEC para valorizar suas culturas e saberes. A proposta, que avança no governo Lula, visa transformar o modelo educacional e atender demandas históricas.

Niterói será palco da etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica 2025, com 364 estudantes competindo em desafios práticos no Centro de Formação Darcy Ribeiro. O evento, que começa às 7h e é gratuito, destaca o investimento em tecnologia educacional e a crescente participação de escolas na robótica. A Escola Municipal João Brazil, com histórico de sucesso, e o novo Clube de Robótica do Centro de Formação estarão entre os competidores, evidenciando o protagonismo estudantil e a cultura de inovação.

Em 2024, apenas 41,2% das crianças de 0 a 3 anos estão em creches no Brasil, com 632 mil fora por falta de vagas. A desigualdade entre ricos e pobres aumenta, exigindo ação urgente dos governos.