O governo federal iniciará uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, em cumprimento a uma ordem do STF, para remover invasores e garimpos ilegais. A ação, que envolve vinte órgãos, visa proteger a saúde e os direitos dos povos indígenas.

O governo federal anunciou que, a partir de sexta-feira, 2, iniciará uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, localizada no Xingu, no Pará. O objetivo é remover invasores e garimpos ilegais, em cumprimento a uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa ação ocorre após pressões para proteger as terras indígenas e a saúde dos povos nativos, especialmente durante a pandemia.
A operação foi organizada em resposta a uma determinação do STF, que resultou de uma Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) proposta pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) em julho de 2020. O STF havia dado um prazo de noventa dias para o governo elaborar um plano de desintrusão e doze meses para sua execução.
Participarão da operação cerca de vinte órgãos do governo, incluindo o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o cacique Raoni Metuktire, uma das principais lideranças indígenas da etnia caiapó. Durante o encontro, Raoni solicitou que o presidente impedisse a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, no Amapá. As perfurações não começaram devido à falta de licenças do Ibama, gerando impasses no governo.
A Terra Indígena Kayapó abrange 3,2 milhões de hectares, dos quais 274 hectares foram devastados por atividades de garimpo ilegal. Essa área é habitada por 6.365 indígenas dos povos Mebengôkre, incluindo as comunidades Gorotire, Kôkraimôrô e Kuben Kran Krên, e se estende pelos estados do Mato Grosso e do Pará.
Essa operação representa um passo importante na proteção das terras indígenas e na preservação da saúde dos povos nativos. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem a proteção e a valorização das culturas indígenas, ajudando a garantir que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
A Câmara dos Deputados aprovou a "Lei do Mar", que estabelece diretrizes para a exploração sustentável dos oceanos e conservação dos ecossistemas marinhos, agora aguardando análise do Senado. Municípios costeiros terão quatro anos para adaptar seus planos diretores, incorporando práticas de turismo sustentável e conservação. O projeto, que tramita desde 2013, enfrenta resistência do partido Novo, que critica a ampliação da intervenção estatal. A nova política inclui o conceito de "poluidor-pagador" e incentivos para "protetores-recebedores".

Sebastião Salgado e Arnaldo Bloch testemunharam uma rara cerimônia fúnebre ianomâni, revelando tradições ancestrais e a luta do povo contra a redução populacional e invasões em suas terras.

O filme "Borda do mundo", de Jô Serfaty, terá um elenco estrelado e abordará a luta de uma pescadora e sua neta contra a destruição de seu vilarejo costeiro. A trama promete trazer à tona desejos e memórias com a chegada de uma antiga veranista.

Alice Pataxó, ativista indígena, destacou a crise climática e seus planos para a COP 30 em Belém durante o Power Trip Summit, enfatizando a comunicação acessível entre povos indígenas. Ela acredita que o futuro é construível e que a conferência pode ampliar o debate ambiental.

Estudo do Instituto Trata Brasil revela que 2.700 indígenas foram internados em 2024 por doenças relacionadas ao saneamento, com uma taxa de mortalidade alarmante de 21,074 por 100 mil. A urgência por políticas de saneamento é evidente.

O projeto Kara Solar, fundado em 2018, utiliza barcos movidos a energia solar na Amazônia, promovendo sustentabilidade e capacitação. Em 2024, foram percorridos 9.660 km, transportando 6.428 passageiros e evitando 210 toneladas de CO₂.