Socioambiental

Governo inicia operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó para combater garimpo ilegal

O governo federal iniciará uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, em cumprimento a uma ordem do STF, para remover invasores e garimpos ilegais. A ação, que envolve vinte órgãos, visa proteger a saúde e os direitos dos povos indígenas.

Atualizado em
April 30, 2025
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O presidente Lula, com o cacique Raoni, durante visita ao Xingu (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

O governo federal anunciou que, a partir de sexta-feira, 2, iniciará uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, localizada no Xingu, no Pará. O objetivo é remover invasores e garimpos ilegais, em cumprimento a uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa ação ocorre após pressões para proteger as terras indígenas e a saúde dos povos nativos, especialmente durante a pandemia.

A operação foi organizada em resposta a uma determinação do STF, que resultou de uma Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) proposta pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) em julho de 2020. O STF havia dado um prazo de noventa dias para o governo elaborar um plano de desintrusão e doze meses para sua execução.

Participarão da operação cerca de vinte órgãos do governo, incluindo o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o cacique Raoni Metuktire, uma das principais lideranças indígenas da etnia caiapó. Durante o encontro, Raoni solicitou que o presidente impedisse a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, no Amapá. As perfurações não começaram devido à falta de licenças do Ibama, gerando impasses no governo.

A Terra Indígena Kayapó abrange 3,2 milhões de hectares, dos quais 274 hectares foram devastados por atividades de garimpo ilegal. Essa área é habitada por 6.365 indígenas dos povos Mebengôkre, incluindo as comunidades Gorotire, Kôkraimôrô e Kuben Kran Krên, e se estende pelos estados do Mato Grosso e do Pará.

Essa operação representa um passo importante na proteção das terras indígenas e na preservação da saúde dos povos nativos. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem a proteção e a valorização das culturas indígenas, ajudando a garantir que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.

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