Governo Lula estuda congelar aumento de repasses ao Fundeb, podendo gerar déficit de R$ 61,3 bilhões para a educação básica em 2025, prejudicando escolas em regiões carentes. A medida compromete a qualidade do ensino.
O governo Lula (PT) enfrenta críticas pela falta de recursos destinados à educação básica. Para garantir um ensino de qualidade em 2025, seriam necessários R$ 61,3 bilhões a mais. No entanto, a gestão atual estuda não aumentar a complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o principal mecanismo de financiamento da educação. Atualmente, o governo federal repassa 21% do que arrecada para o fundo, mas a emenda constitucional de 2020 prevê um aumento progressivo para 23% no próximo ano.
Se a proposta de congelar esse aumento for aprovada, as escolas públicas ficarão ainda mais distantes de obter os recursos mínimos necessários para seu funcionamento. O complemento de R$ 61,3 bilhões foi calculado com base no Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi), que determina o investimento necessário por aluno para garantir condições adequadas de ensino. A pesquisa foi realizada pela Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) e pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, com parte do financiamento vindo do Ministério da Educação (MEC).
O CAQi considera fatores como a quantidade de alunos por professor e a infraestrutura das escolas, como acesso a água potável e bibliotecas. Dos mais de cinco mil municípios brasileiros, cerca de 86% não possuem recursos suficientes para garantir condições mínimas de educação. Quatro redes estaduais, incluindo Amazonas e Maranhão, também enfrentam essa situação. O valor necessário para a educação infantil, por exemplo, é de R$ 1.158 por mês por criança em áreas urbanas.
Dados do Censo Escolar de 2022 revelam que 32% dos professores da educação infantil não têm formação adequada. A coordenadora da Fineduca, Adriana Dragone, destaca que o CAQi não estabelece padrões exagerados, mas sim o que é necessário para cumprir a legislação vigente. A falta de recursos básicos compromete a qualidade do ensino, e a coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, ressalta que é impossível exigir bons resultados sem garantir condições adequadas.
O complemento de R$ 61,3 bilhões representa apenas 0,52% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, um valor considerado pequeno em relação ao que o país produz. A maior parte desse recurso beneficiaria escolas em regiões mais pobres, com 55,7% destinados ao Nordeste e 14,3% ao Norte. Municípios como Aramari e Rio do Antônio, na Bahia, poderiam triplicar seus recursos para a educação com esse complemento.
A criação do CAQi deveria ter sido implementada até 2015, conforme o Plano Nacional de Educação (PNE), mas ainda não foi estabelecida. O MEC reconhece a importância do CAQi, mas não informou prazos para sua implementação. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, ajudando a garantir que as escolas tenham os recursos necessários para oferecer uma educação de qualidade a todos os alunos.
A comissão de Educação da Câmara aprovou um projeto que proíbe a organização em ciclos nas escolas, gerando polêmica sobre a qualidade do ensino, apesar de evidências que mostram sua eficácia.
O Ministério da Educação (MEC) impôs novas regras para o ensino a distância (EAD), exigindo mais infraestrutura e aulas ao vivo, o que pode elevar mensalidades e fechar polos, especialmente em cidades pequenas.
O Instituto Federal de São Paulo (IFSP) abre inscrições para 760 vagas em 19 cursos gratuitos, com taxa de R$ 30,00 e isenção para candidatos de baixa renda. Inscrições vão até 1º de junho de 2025.
Vereadores do PT de diversas cidades protocolarão, no Dia do Estudante, projetos para municipalizar o CPOP, visando ampliar o apoio a cursinhos populares para alunos de baixa renda. A mobilização conta com mais de 1.000 vereadores jovens.
Samsung Ocean oferece cursos gratuitos em abril, incluindo Inteligência Artificial e Saúde Digital. O programa visa capacitar mão de obra no Brasil, com aulas online e presenciais em Manaus, além de certificados de participação.
Instituto Transforma, em Mogi das Cruzes, abre inscrições para cursos gratuitos e atividades esportivas e culturais, atendendo jovens e adultos. Inscrições são simples e exigem documentação.