O Greenpeace Brasil identificou 542 balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira, um aumento alarmante de 400% em relação a levantamentos anteriores. A ONG planeja expandir seu monitoramento para outros rios da Amazônia e criar um banco de dados público sobre as rotas do garimpo.
O Greenpeace Brasil identificou a presença de quinhentas e quarenta e duas balsas de garimpo ilegal no Rio Madeira, entre os municípios de Calama (RO) e Novo Apuranã (AM). O monitoramento ocorreu entre os dias quinze e dezoito de julho e revelou um aumento de quatrocentos por cento em relação ao levantamento anterior, que registrou apenas cento e trinta embarcações. Essas balsas, que realizam a extração de ouro, estão localizadas próximas a áreas protegidas, como a Reserva Extrativista Lago do Cuniã e a Terra Indígena Lago Jauari.
O garimpo ilegal causa sérios danos ao meio ambiente, incluindo a degradação da floresta e a contaminação da água com mercúrio, afetando a fauna aquática. O Greenpeace planeja formalizar uma denúncia ao Ministério Público Federal e compartilhar os dados com as Secretarias de Meio Ambiente dos estados de Rondônia e Amazonas. Desde dois mil e vinte e um, a organização utiliza o sistema de inteligência Papa Alpha, que se baseia em imagens de radar do satélite Sentinel-1 da Agência Espacial Europeia para monitorar atividades suspeitas.
A plataforma Papa Alpha permite a detecção em tempo real de estruturas metálicas no leito do rio, gerando alertas sobre possíveis atividades de garimpo ilegal. Em entrevista, Grégor Daflon, porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, afirmou que a ONG pretende expandir seu monitoramento para outros rios da Amazônia, como o Tapajós e o Teles Pires. Além disso, em agosto, novos rios menores, como o Rio das Tropas e o Rio Ratão, no Pará, serão incluídos na vigilância.
A meta é fornecer dados mais precisos e acessíveis para auxiliar ações de fiscalização por parte do Ministério Público, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal. O Greenpeace também está desenvolvendo um banco de dados público que mostrará as rotas utilizadas pelo garimpo, aumentando a transparência e a eficácia no combate à mineração ilegal na Amazônia.
Com a tecnologia disponível, a ONG poderá monitorar o trajeto das balsas, o que é crucial para responsabilizar os envolvidos e pressionar as autoridades a agir diante da destruição ambiental causada por essas atividades. A situação exige uma resposta rápida e eficaz para proteger a Amazônia e seus recursos naturais.
Nossa união pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção do meio ambiente e a preservação das áreas afetadas pelo garimpo ilegal. Mobilizações e projetos que promovam a conscientização e a fiscalização são essenciais para enfrentar esse crime ambiental e garantir um futuro sustentável para a região.
O Ministério da Integração anunciou a privatização da transposição do Rio São Francisco, gerando preocupações sobre o custo da água e a infraestrutura necessária para abastecer o Nordeste. Especialistas criticam a medida, destacando que a obra prioriza interesses econômicos em detrimento das comunidades vulneráveis.
O governo federal sancionou uma nova legislação para fortalecer a resposta a incêndios florestais no Brasil, permitindo transferências diretas de recursos e uso de aeronaves estrangeiras em emergências. A medida busca agilidade e eficácia no combate a incêndios, especialmente em São Paulo, onde a situação é crítica.
O projeto Fauna Ameaçada entrega 480 câmeras para monitoramento da fauna no Rio de Janeiro, visando atualizar a lista de espécies ameaçadas e aprimorar a conservação ambiental. A iniciativa é crucial para combater a defasagem de 27 anos nos estudos sobre biodiversidade.
O Ministério da Integração reconheceu a emergência em 126 municípios do Piauí, permitindo acesso a recursos federais para abastecimento de água e ampliando a Operação Carro Pipa. A seca afeta 205 cidades.
Indígenas foram contidos com gás de pimenta após invadir o gramado do Congresso Nacional em Brasília, desrespeitando acordo de manifestação. A repressão gerou críticas de parlamentares.
Representante do Ibama participou de curso intensivo nos EUA sobre resposta a emergências com produtos perigosos, aprimorando habilidades em contenção e uso de equipamentos de proteção individual. A capacitação reforça a atuação técnica em incidentes ambientais.