Embarcação que perseguiu baleias-francas em Florianópolis é apreendida pelo Ibama e Polícia Federal, resultando em multa de R$ 12,5 mil e suspensão do uso do barco até 15 de novembro. A ação visa proteger a espécie ameaçada de extinção.

Florianópolis/SC (14 de agosto de 2025) – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal apreenderam uma embarcação modelo Fishing Raptor que perseguiu baleias-francas com filhotes na Praia do Moçambique, em Florianópolis. A infração ocorreu em 22 de julho e foi registrada em vídeo, mostrando o barco se aproximando dos animais e seguindo-os.
A equipe de fiscalização do Ibama investigou o caso e constatou infrações à Portaria Ibama nº 117/1996 e ao Decreto nº 6.514/2008. Como resultado, foram aplicadas multas que totalizam R$ 12,5 mil. Além disso, o uso da embarcação está suspenso até 15 de novembro, abrangendo toda a temporada reprodutiva de cetáceos.
O proprietário do barco poderá enfrentar consequências legais, podendo responder pelo crime previsto na Lei nº 7.643/1987, que estabelece pena de dois a cinco anos de reclusão para quem molestar intencionalmente cetáceos em águas brasileiras. As baleias-francas (Eubalaena australis) são uma espécie ameaçada de extinção, e o molestamento de mães e filhotes pode comprometer a sobrevivência e a recuperação da população.
A aproximação ou qualquer tipo de intervenção direta com cetáceos, mesmo que bem-intencionada, pode representar riscos à integridade dos animais e à segurança das pessoas. O Ibama recomenda que embarcações mantenham distância segura e sigam as normas de convivência responsável com a fauna marinha.
O Ibama continua a executar a Operação Pirapuã, parte do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Baleia-franca (PANAP/25), com foco na proteção dos cetáceos durante sua permanência sazonal no litoral de Santa Catarina. As ações incluem a fiscalização de redes fantasmas, o combate ao uso de petrechos de pesca irregulares e a coibição da aproximação indevida de embarcações aos animais.
Neste contexto, é essencial que a sociedade civil se mobilize em prol da proteção das baleias-francas e do meio ambiente. Projetos que visem a conservação e a educação ambiental podem fazer a diferença na preservação dessas espécies ameaçadas.

A Bloomberg Philanthropies anunciou um investimento de US$ 6,8 milhões para a proteção dos ecossistemas marinhos no Brasil, destacando sua importância na meta global de 30% de oceanos protegidos até 2030. O apoio financeiro visa fortalecer a conservação marinha e será operacionalizado em parceria com diversas organizações ambientais, promovendo ações como restauração de manguezais e pesca sustentável. O anúncio ocorre um dia antes da Conferência da ONU sobre os Oceanos (UNOC3) em Nice, onde se espera a aprovação da "Declaração de Nice" e a ratificação de um tratado global para a proteção de habitats marinhos em águas internacionais.

Ibama intensifica fiscalização em áreas indígenas da Amazônia Legal, confirmando extração ilegal de madeira no Parque do Xingu e poluição do rio Pixaxa por garimpos na Terra Indígena Menkragnoti. Equipamentos foram apreendidos e inutilizados.

A Ilha do Bananal, no Tocantins, agora conta com o sling dragon, tecnologia inovadora que realiza queimas controladas para proteger a Mata do Mamão, crucial para a preservação ambiental e comunidades indígenas. Essa ação, coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e parceiros, visa reduzir riscos de incêndios florestais e restaurar áreas degradadas.

A Global Footprint Network alerta que a humanidade esgotou os recursos naturais de 2025 em 24 de julho, uma semana antes do ano anterior, exigindo 1,8 planetas para sustentar o consumo atual. A crise ecológica é impulsionada pelos padrões de consumo dos países mais ricos, que devem repensar suas práticas para evitar um colapso ambiental.
Ibama realiza operação em Parintins para combater uso ilegal de fauna silvestre em artesanatos durante festival folclórico, promovendo a conscientização e a preservação ambiental. A ação visa garantir um evento seguro e sustentável.

Em 2023, o desmatamento no Brasil caiu 32,4%, mas o Cerrado ainda enfrenta desafios, com 652.197 hectares perdidos, exigindo políticas de fiscalização e engajamento contínuos.