Após flagrante do Globocop, ICMBio programou inspeção na APA de Guapimirim, onde lixo se acumula em manguezais, afetando ecossistemas e a saúde de espécies locais. A situação reflete um problema estrutural de décadas.
Na última segunda-feira, 28 de julho, o Globocop registrou uma grande quantidade de lixo acumulada em um manguezal na Baía de Guanabara, em São Gonçalo. Em resposta, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) programou uma inspeção na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim para a próxima semana. A maré baixa expôs a poluição crônica da região, que abrange quase 15 mil hectares e é a primeira área criada no Brasil para proteger manguezais.
A APA de Guapimirim, localizada entre os municípios de São Gonçalo, Itaboraí e Magé, é uma área restrita que também faz parte da Estação Ecológica da Guanabara, uma unidade de conservação federal. O professor Júlio Wasserman, da Universidade Federal Fluminense (UFF), destacou que o lixo, especialmente garrafas plásticas, chega ao mangue por rios, canais e correntes marítimas. Esse acúmulo prejudica a troca de gases entre o sedimento e a atmosfera, afetando organismos locais, como os caranguejos.
O biólogo Mário Moscatelli, que atua na recuperação de manguezais, afirmou que a situação é um reflexo de um problema estrutural antigo. Emanuel Alencar, mestre em engenharia ambiental pela Uerj, apontou que a quantidade de resíduos na APA é resultado de décadas de desarranjo e falta de planejamento na coleta de lixo pelas prefeituras. Muitos resíduos acabam nos 143 rios que deságuam na Baía de Guanabara.
Wasserman também enfatizou que o consumo excessivo de plástico contribui para a poluição. Em janeiro, a Ilha da Pombeba, na entrada da Baía, foi mostrada como um exemplo de contaminação, onde o solo emite som de plástico ao ser pisado. Especialistas alertam que microplásticos já foram encontrados em peixes, aves e até em seres humanos, expondo a população a riscos de saúde.
O ICMBio reconheceu que a área é de difícil acesso, a cerca de 700 metros da margem mais próxima do rio, o que complica as operações de limpeza. O órgão informou que uma equipe está mobilizada para avaliar a situação assim que as condições climáticas permitirem. O ICMBio já atua na coleta de lixo em rios e mangues da Estação Ecológica da Guanabara, em parceria com organizações civis.
Essa situação alarmante exige uma mobilização da sociedade civil para reverter os danos ambientais. A união de esforços pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a recuperação dos manguezais e a preservação do ecossistema da Baía de Guanabara, beneficiando não apenas a fauna local, mas também a saúde da população que depende desses recursos naturais.
A Enel foi multada em R$ 225 mil por podas agressivas de 18 árvores em Niterói, com o vereador Daniel Marques denunciando a prática como "assassinato de árvores". A multa visa coibir novas infrações.
Uma pesquisa revela que sementes defecadas por antas germinam até duas vezes mais rápido do que as que caem no solo, evidenciando seu papel vital na recuperação de florestas degradadas. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Univates, destaca a importância da conservação das antas, que estão ameaçadas de extinção.
Pesquisadores japoneses criaram um plástico que se dissolve em água do mar em poucas horas, sem deixar resíduos, oferecendo uma solução inovadora para a poluição oceânica. O material, desenvolvido pelo Centro RIKEN e pela Universidade de Tóquio, é resistente e se decompõe naturalmente, evitando microplásticos.
Em 2024, o desmatamento em Terras Indígenas com povos isolados no Brasil ainda é alarmante, com mais de 2 mil hectares destruídos, apesar da queda geral de 18,2%. A TI Kayapó teve um aumento de 2.000% em queimadas.
A América Latina enfrentou perdas econômicas de US$ 6,67 bilhões em desastres naturais no primeiro semestre de 2025, com o Brasil sendo o mais afetado. A AON destaca a urgência em fortalecer a resiliência climática.
Registros inéditos do pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus) foram feitos no Parque Nacional da Tijuca, revelando a importância da espécie para o ecossistema local. O professor Henrique Rajão documentou a presença da ave, que não constava no Plano de Manejo da área.