Mega operação do Ibama contra desmatamento ilegal na Amazônia provoca revolta entre ruralistas no Pará, levando o governador Helder Barbalho a buscar apoio federal para contestar embargos que afetam milhares de hectares.

Uma grande operação do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra o desmatamento ilegal na Amazônia gerou descontentamento entre ruralistas no Pará. O governador do estado, Helder Barbalho, buscou apoio do governo federal para contestar os embargos que afetaram milhares de hectares e fazendas. A operação, que ocorreu entre abril e maio, embargou mais de setenta mil hectares e cinco mil propriedades em diversos estados, incluindo o Pará, onde a COP30, conferência sobre clima da ONU, será realizada em novembro.
Barbalho, que foi eleito em 2022 com apoio de diferentes grupos políticos, se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, para discutir a situação. A reunião contou com a presença de representantes do agronegócio local e políticos, mas não incluiu membros do Ibama. O governador expressou a necessidade de encontrar soluções que permitam a reativação das propriedades embargadas, garantindo segurança jurídica aos produtores.
Os ruralistas criticam a ação do Ibama, alegando que muitos embargos foram injustos. Eles afirmam que a tecnologia de monitoramento por satélite utilizada pode apresentar margens de erro, resultando em embargos indevidos. Estimativas indicam que entre dez e quinze por cento dos embargos podem ter sido aplicados de forma equivocada, afetando entre duzentos e trezentos fazendeiros que não cometeram infrações.
A operação, chamada de "embargão", foi a maior já realizada pelo Ibama e visou prevenir um aumento no desmatamento, especialmente com a aproximação da temporada de incêndios. O método utilizado permitiu uma comunicação mais ágil dos embargos, exigindo a retirada do gado das propriedades em trinta dias. Os ruralistas argumentam que esse prazo é insuficiente para que consigam vender os animais ou preparar novas áreas para recebê-los.
O governo do Pará declarou que não se opõe à fiscalização ambiental, mas defende que as medidas adotadas devem ser baseadas em critérios técnicos e análises individualizadas. A Secretaria de Relações Institucionais se comprometeu a se reunir com o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente para avaliar a situação e buscar soluções que não comprometam os produtores regulares.
Essa situação destaca a importância de um diálogo construtivo entre as partes envolvidas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a regularização fundiária e a proteção ambiental, garantindo que tanto os direitos dos produtores quanto a preservação da Amazônia sejam respeitados.

Pesquisadores da UFSCar e Unesp revelam que florestas secundárias na Mata Atlântica são 61% mais vulneráveis ao fogo, enquanto florestas maduras têm 57% menos suscetibilidade, exigindo políticas de conservação específicas.

Nova Iguaçu enfrenta incêndios florestais e forma Brigada Voluntária para combate. A Prefeitura local abre inscrições até 22 de abril para capacitar moradores no enfrentamento das chamas, após seis incêndios que devastaram quase 29 hectares. A Brigada Florestal Voluntária, em parceria com o Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil, visa preparar cidadãos para atuar na proteção ambiental.

A perereca-da-fruta (Xenohyla truncata), espécie ameaçada, foi avistada na APA Maricá, destacando-se como polinizadora e dispersora de sementes, durante o Programa Vem Sapear, coordenado por Rafael Mattos.

Projeto de Lei 1725/25 proíbe novas explorações de petróleo na Amazônia. Ivan Valente argumenta que a medida é necessária para evitar desastres ambientais e promover a recuperação da região. A proposta inclui um plano de transição para operações existentes e financiamento através de compensações ambientais. A discussão está acirrada no governo, com apoio de Lula e resistência de Marina Silva. Se aprovado, pode encerrar os planos da Petrobras na área.

A Defesa Civil Nacional iniciou uma missão técnica para implementar o Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem na Amazônia Legal e Pantanal, promovendo oficinas em dez estados afetados pela seca. A ação visa alinhar esforços entre órgãos federais e locais, abordando a intensa estiagem que causa escassez hídrica e incêndios florestais.

A Operação Mata Viva do Ibama embargou mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, resultando em R$ 2 milhões em multas por atividades ilegais. Apenas 2,5% da cobertura original do bioma permanece.