Indústria de cosméticos no Brasil enfrenta desafios ambientais, mas avança com reciclagem. O programa "Mãos Pro Futuro" reciclou 160 mil toneladas em 2023, destacando iniciativas de empresas como Boticário e Natura.
A indústria de higiene e cosméticos no Brasil representa cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), com vendas anuais em torno de US$ 27 bilhões. Em 2023, o programa "Mãos Pro Futuro" reciclou quase 160 mil toneladas de resíduos, superando a meta de 115 mil toneladas. Essa iniciativa, gerida pela Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), visa apoiar cooperativas de reciclagem e reduzir o impacto ambiental da indústria, que enfrenta desafios significativos relacionados ao uso de plástico e à gestão de resíduos.
O Brasil, embora seja o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo, também é um dos maiores poluidores de plástico. Em 2019, o país produziu 11,3 milhões de toneladas de plástico, com 87% desse volume proveniente de embalagens. A pressão por práticas mais sustentáveis tem levado empresas como Boticário e Natura a implementar iniciativas de logística reversa e educação ambiental, buscando mitigar os danos causados pelo descarte inadequado de produtos.
O programa "Mãos Pro Futuro" foi criado em 2006 e, ao longo de quase duas décadas, recuperou mais de 1 milhão de toneladas de resíduos sólidos. Entre 2013 e 2023, o programa evitou a emissão de aproximadamente 3,8 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE). Fábio Brasiliano, diretor de desenvolvimento sustentável da ABIHPEC, destaca que a iniciativa foi desenhada para oferecer um suporte centralizado às empresas, facilitando a gestão do descarte de embalagens.
Atualmente, 144 empresas associadas à ABIHPEC participam do programa, representando cerca de 70% do setor. O investimento médio anual do "Mãos Pro Futuro" é de R$ 30 milhões, com 80% dos recursos destinados diretamente às cooperativas de reciclagem. A iniciativa também busca aumentar o número de cooperativas apoiadas, com a meta de chegar a 300 até 2026, reconhecendo a importância dos catadores na cadeia de reciclagem.
Além do "Mãos Pro Futuro", empresas como Boticário e Natura têm seus próprios programas de coleta de embalagens. O Boti Recicla, por exemplo, oferece descontos aos clientes que devolvem embalagens, enquanto a Natura lançou o Recicle com a Natura, que já coletou mais de 70 toneladas de embalagens. Essas ações visam não apenas a recuperação de materiais, mas também a conscientização da população sobre a importância da destinação correta dos resíduos.
O fortalecimento da logística reversa é essencial para a sustentabilidade da indústria de cosméticos. A inclusão dos catadores e a melhoria das condições de trabalho são fundamentais para o sucesso dessas iniciativas. Projetos que promovem a educação ambiental e a valorização dos resíduos podem transformar a realidade de muitas comunidades. A união em torno dessas causas pode gerar um impacto significativo, promovendo a conscientização e a ação coletiva em prol de um futuro mais sustentável.
Ministério reconhece emergência em 11 cidades do Rio Grande do Sul por estiagem. Prefeituras podem solicitar recursos federais para ações de defesa civil.
Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) visa preservar florestas tropicais. A iniciativa, lançada na Semana do Clima da ONU, promete pagamentos anuais por hectare preservado, incentivando países a manterem suas florestas.
São Paulo inaugura a Trilha Interparques, com 182 km que conecta parques e reservas na zona sul, promovendo ecoturismo e valorizando a biodiversidade local. A iniciativa visa preservar áreas verdes e oferecer experiências imersivas na Mata Atlântica.
A ativista Orsola de Castro propõe uma mudança radical no consumo de moda, sugerindo a compra de apenas três peças novas por ano e a valorização do conserto. Essa iniciativa visa reduzir o impacto ambiental da indústria, que gera enormes quantidades de resíduos e emissões.
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3469/24, que visa facilitar o combate a incêndios florestais e a recuperação de infraestrutura após desastres climáticos. A proposta, de José Guimarães (PT-CE), agora segue para o Senado e inclui isenção de tributos para o Fundo Rio Doce e dispensa de convênios em emergências ambientais. O relator, Nilto Tatto (PT-SP), destacou a necessidade de desburocratizar ações emergenciais, enquanto a oposição criticou a falta de inclusão de anistia a envolvidos em atos antidemocráticos.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que agiliza o combate a incêndios florestais e a recuperação de áreas afetadas por desastres climáticos. A proposta permite a atuação de tripulações estrangeiras e destina emendas ao Fundo Nacional de Meio Ambiente.