Exportações de sucata de alumínio no Brasil cresceram 176%, ameaçando a produção interna e a sustentabilidade da indústria, que já enfrenta um déficit de matéria-prima. A situação exige ação coletiva urgente.

A indústria de reciclagem de alumínio no Brasil, reconhecida por sua eficiência e sustentabilidade, enfrenta um desafio significativo. Nos últimos anos, as exportações de sucata de alumínio aumentaram em 176%, conforme dados da Comexstat, colocando em risco uma cadeia produtiva que sustenta mais de 800 mil famílias. Esse crescimento foi impulsionado por políticas tarifárias dos Estados Unidos, que tornaram a sucata brasileira atraente para o mercado norte-americano.
Atualmente, o Brasil possui uma capacidade de processamento de cerca de 1 milhão de toneladas anuais de sucata, mas o mercado interno gera apenas 65% desse volume. A intensificação da competição pela matéria-prima, agora disputada também internacionalmente, ameaça a produção local. Um exemplo claro desse impacto é o fechamento do centro de coleta da Novelis em Juiz de Fora, Minas Gerais, devido à escassez de material disponível.
Essa nova dinâmica de exportação agrava um déficit estrutural já existente, resultando em uma possível redução da produção e no fechamento de mais unidades fabris. Além disso, a substituição da sucata por alumínio primário, um processo que consome 95% mais energia e emite significativamente mais gases de efeito estufa, compromete os esforços de descarbonização da indústria brasileira.
O aumento na pegada de carbono do setor pode dificultar o cumprimento das metas estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O Brasil, ao exportar sua sucata, transfere o benefício ambiental para outras economias, enquanto assume o ônus de uma produção mais poluente, contradizendo seus próprios objetivos ambientais.
Embora a indústria esteja investindo em estratégias para fortalecer a cadeia de reciclagem e profissionalizar cooperativas, essas ações não são suficientes para reverter o desequilíbrio estrutural. É essencial que o Brasil reconheça a sucata de alumínio como um insumo estratégico e proteja esse recurso, alinhando-se a um movimento global em prol da sustentabilidade.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação da cadeia de reciclagem e a promoção de práticas sustentáveis. Projetos que incentivem a coleta e o processamento de sucata podem fazer a diferença na manutenção da produção local e na proteção do meio ambiente.

O Brasil enfrenta 14 ameaças climáticas, como secas e inundações, conforme o Primeiro Relatório Bienal de Transparência. Especialistas alertam para impactos diretos na agricultura e saúde pública.

Iguá Saneamento enfrenta críticas após Agenersa identificar irregularidades no tratamento de esgoto na Barra da Tijuca e Jacarepaguá, resultando em investigações e multas. A concessionária, responsável por atender 1,2 milhão de pessoas, alega que a modernização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é necessária, mas enfrenta questionamentos sobre a eficácia do tratamento preliminar.

O governo brasileiro anunciará o "IPI Verde", que reduzirá o Imposto sobre Produtos Industrializados para veículos sustentáveis a partir de 2026, priorizando modelos populares nacionais. A medida visa descarbonizar o setor automotivo e não terá impacto fiscal.

O Ibama recebeu aprovação para o projeto FortFisc, com investimento de R$ 825,7 milhões, visando fortalecer a fiscalização ambiental e alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. Anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto busca ampliar a capacidade de controle do desmatamento ilegal na Amazônia, alinhando-se a políticas ambientais e promovendo a conservação da floresta.

O Brasil enfrenta uma drástica redução de seu rebanho de jumentos, com uma perda de 94% desde 1996, impulsionada pela crescente demanda por pele para gelatina medicinal na China. Especialistas alertam sobre a extinção e maus-tratos.

Uma pesquisa revela que 75% dos brasileiros separam lixo para reciclagem, mas apenas 22% optam por produtos com embalagens recicladas. O governo planeja um decreto para obrigar o uso de materiais reciclados na produção de plásticos.