Cerca de 400 famílias do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a Usina São José para protestar contra a contaminação do Rio Piracicaba, resultando em intervenção policial com gás lacrimogêneo.
Cerca de quatrocentas famílias do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam, nesta segunda-feira (07 de abril), a Usina São José, localizada em Rio das Pedras, São Paulo. O protesto, parte da Jornada Nacional em Defesa da Reforma Agrária, visa denunciar a contaminação do Rio Piracicaba, que resultou na morte de aproximadamente 250 peixes em julho de 2024. A Polícia Militar foi acionada para dispersar os manifestantes, utilizando viaturas, Força Tática e helicóptero, além de bombas de efeito lacrimogêneo.
A Usina São José foi multada em R$ 18 milhões devido ao vazamento de dejetos industriais que afetou o rio. Em novembro de 2024, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) suspendeu a licença de operação da usina, que não apresentou a documentação necessária para comprovar a segurança de suas instalações. Até o momento, a usina não pagou a multa imposta.
O desastre ambiental, considerado o maior da história do Rio Piracicaba, levou a CETESB a criar um grupo de trabalho para avaliar a situação das usinas sucroenergéticas no estado. A investigação revelou que os resíduos despejados no rio apresentavam uma carga orgânica de três mil a seis mil miligramas de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) por litro, cerca de vinte vezes mais concentrada que o esgoto doméstico.
Além da morte dos peixes, a contaminação impactou uma comunidade de cento e trinta pescadores que dependia do turismo e da pesca na região do Tanquã. A administração municipal estima que o repovoamento do rio levará, no mínimo, cinco anos, considerando as diversas espécies afetadas, como o dourado, curimbatá, lambari, piau, cascudo, jurupensém, mandi e pintado.
A situação da Usina São José e o impacto ambiental gerado pelo vazamento levantam questões sobre a responsabilidade das empresas em relação ao meio ambiente e à comunidade. A falta de ação da usina em relação às sanções impostas pela CETESB demonstra uma preocupação com a segurança ambiental que ainda precisa ser abordada.
Nesta conjuntura, é fundamental que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que visem a recuperação do Rio Piracicaba e a proteção das comunidades afetadas. Projetos que promovam a conscientização e a recuperação ambiental podem fazer a diferença na vida de muitos que dependem desse ecossistema.
O Ministério da Integração programou uma parada no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco para manutenção em 2025, garantindo abastecimento em Pernambuco. A ação visa preservar estruturas hídricas essenciais.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desapropriação de imóveis com incêndios criminosos e desmatamento ilegal, visando proteger a Amazônia e o Pantanal. A decisão busca romper o ciclo de impunidade e reforçar a proteção ambiental.
Estudo sueco revela que ansiolíticos, como clobazam, alteram comportamento de salmões-atlânticos, acelerando migração e aumentando vulnerabilidade a predadores. Urgente reduzir contaminação das águas.
Projetos no Congresso buscam reduzir áreas protegidas no Brasil, como a Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo e a APA da Baleia Franca, gerando polêmica sobre conservação ambiental.
A dieta vegetariana, adotada por 14% da população brasileira, oferece benefícios à saúde e ao meio ambiente, como a melhora da microbiota intestinal e a redução da pegada ecológica. Especialistas alertam para a importância de um planejamento nutricional adequado.
Incêndios florestais no Brasil aumentam em frequência e intensidade, devastando áreas maiores que a Itália em 2024, devido a fatores climáticos e humanos, sem um sistema nacional eficaz de combate. A combinação de mudanças climáticas e degradação ambiental tem intensificado os incêndios na Amazônia e no Pantanal, revelando a urgência de um sistema nacional de combate a incêndios.