Meio Ambiente

Instituto Talanoa mapeia estrutura da presidência brasileira na COP30 e destaca a importância da Amazônia

O Instituto Talanoa revelou a estrutura da presidência brasileira da COP30, destacando a inclusão de moradores da Amazônia e a diversidade de atores nas negociações. O evento promete uma abordagem inovadora e colaborativa.

Atualizado em
July 7, 2025
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Natalie Unterstell afirma que o evento é o primeiro a ter uma estrutura tão sofisticada, com tantos atores envolvidos nas negociações e uma articulação forte. Foto: Arquivo Pessoal

O Instituto Talanoa, uma referência no debate ambiental no Brasil, tomou a iniciativa de mapear a estrutura da presidência brasileira da COP30, evento crucial para as discussões sobre mudanças climáticas. Este levantamento inédito revela os principais nomes e a dinâmica envolvida na conferência, que ainda não possui um organograma oficial. Natalie Unterstell, presidente do Instituto, destaca a importância de tornar essa informação acessível ao público, permitindo que todos compreendam quem está por trás das decisões.

Unterstell, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard, enfatiza que a presidência do Brasil na COP30 é a primeira a contar com uma estrutura tão complexa, envolvendo uma ampla gama de atores nas negociações. Ela afirma que a conferência conseguiu integrar representantes de diversas áreas, incluindo economia, sociedade, povos indígenas e religião, além dos diplomatas, algo inédito em eventos anteriores.

O estudo também ressalta o foco do governo na Amazônia, enfatizando a necessidade de incluir os moradores locais nas discussões. Segundo Unterstell, “seria complicado fazer uma COP no meio da floresta amazônica sem os moradores locais”. A Amazônia se destaca por ter dois representantes no grupo geográfico, enquanto continentes inteiros, como Europa e África, contam com apenas um.

Além disso, a conferência contará com enviados especiais para tratar de temas críticos, ampliando a diversidade de vozes e perspectivas. Entre os porta-vozes temáticos, artistas como Fafá de Belém e o arquiteto Arthur Casas estão envolvidos, trazendo suas experiências e projetos para a discussão. Fafá, por exemplo, comentou sobre a importância de mostrar a identidade brasileira durante a COP30.

A participação ativa de diferentes setores da sociedade na COP30 é um passo significativo para a construção de políticas ambientais mais inclusivas e eficazes. O evento representa uma oportunidade única para que as vozes da Amazônia e de outros grupos marginalizados sejam ouvidas em um palco internacional.

Iniciativas como a do Instituto Talanoa são fundamentais para garantir que a sociedade civil esteja bem representada nas discussões sobre o futuro do meio ambiente. A união em torno de causas sociais e ambientais pode fazer a diferença, promovendo projetos que ajudem a fortalecer a voz dos menos favorecidos e a proteção de nossos recursos naturais.

Estadão
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