Projetos no Congresso buscam reduzir áreas protegidas no Brasil, como a Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo e a APA da Baleia Franca, gerando polêmica sobre conservação ambiental.
Em 2025, o Brasil enfrenta propostas de redução e recategorização de áreas protegidas, como a Reserva Biológica (Rebio) Nascentes da Serra do Cachimbo, no Pará, e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, em Santa Catarina. O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) apresentou um projeto que sugere transformar 34% da Rebio em Parque Nacional (Parna) e 66% em APA, o que gerou controvérsias sobre a proteção ambiental.
As Reservas Biológicas são áreas de proteção integral, onde o uso de recursos naturais é restrito. Em contrapartida, as APAs permitem um uso sustentável, o que levanta preocupações sobre a preservação de ecossistemas frágeis. A bióloga Angela Kuczach, da Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação, enfatiza a importância das Rebios para proteger ecossistemas únicos e delicados, como os da Serra do Cachimbo.
Além disso, a APA da Baleia Franca está sob análise de dois projetos da deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), que visam reduzir sua área ou até extingui-la. Atualmente, tramitam no Congresso Nacional pelo menos 27 projetos de lei que propõem a extinção, redução ou recategorização de unidades de conservação, sendo 13 no Senado e 14 na Câmara dos Deputados.
Um dos projetos no Senado, de Lucas Barreto (PSD-AP), busca alterar o decreto de criação do Parna Montanhas do Tumucumaque, enquanto outro, de Luis Carlos Heinze (PP-RS), propõe transformar o Parna da Lagoa do Peixe, no Rio Grande do Sul, em APA. Na Câmara, o deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) quer reduzir a APA do Anhatomirim, em Santa Catarina.
O deputado Nelson Barbudo (PL-MT) também apresentou um projeto semelhante ao de Marinho, argumentando que a Rebio impõe regras muito restritivas para áreas já habitadas e produtivas. A assessoria de Barbudo defende que a categoria atual não respeita os modos de vida das famílias que habitam a região há mais de 40 anos.
Essas propostas refletem uma falta de compreensão sobre o papel das unidades de conservação na proteção da biodiversidade e na oferta de serviços ecossistêmicos. A transformação de uma reserva biológica em áreas com permissões mais amplas pode comprometer a integridade ambiental. Nessa situação, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam a preservação desses ecossistemas vitais.
Dezenove bairros do Rio de Janeiro agora contam com 21 novos sensores de qualidade do ar, resultado de uma parceria entre a prefeitura e a Google, visando melhorar o monitoramento ambiental. A iniciativa busca ampliar a cobertura em áreas carentes de dados, com informações em tempo real disponíveis à população.
Pesquisas recentes revelam que a urina das baleias é vital para os oceanos, transportando nutrientes essenciais e estimulando a fotossíntese, mas a caça histórica reduziu esse impacto em um terço.
O Buraco das Araras, uma dolina no Mato Grosso do Sul, agora conta com turismo regulamentado, com passeios guiados que variam de R$ 117,00 a R$ 385,00, visando a conservação da biodiversidade local. A interação com os animais é proibida e a entrada na dolina é restrita a pesquisas científicas.
Pesquisadores propõem Fundo de Royalties Verdes de US$ 20 bilhões para evitar exploração de petróleo na foz do Amazonas. A iniciativa visa compensar Estados e municípios, promovendo alternativas sustentáveis em meio a críticas sobre a exploração em áreas sensíveis.
A foto de uma anta resgatada após incêndio no Pantanal, intitulada “Depois das chamas, esperança”, conquistou o Prêmio de Fotografia Ambiental 2025 na categoria “Agentes de mudança, portadores de esperança”. O animal, apelidado de Valente, foi gravemente ferido e resgatado por uma equipe do projeto Onçafari. O prêmio, criado pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, visa promover a conscientização ambiental.
COP-30 em Belém reunirá empresas brasileiras para apresentar inovações sustentáveis. A conferência será uma vitrine para negócios e parcerias, destacando a biodiversidade e a transição energética do Brasil.