Johan Rockström, renomado cientista, participará do Encontro Futuro Vivo no Brasil em agosto, onde abordará limites planetários e a urgência das mudanças climáticas, destacando preocupações sobre a política ambiental brasileira.

Johan Rockström, renomado cientista sueco, será um dos convidados de honra do Encontro Futuro Vivo, que ocorrerá em São Paulo no dia 26 de agosto. Ele discutirá suas descobertas recentes sobre limites planetários e a urgência das mudanças climáticas. Rockström, que recebeu o Tyler Prize em 2024, alerta que seis dos nove limites que mantêm a Terra habitável já foram ultrapassados, destacando a necessidade de uma mudança transformativa nas políticas ambientais.
Atualmente, Rockström é diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático e professor na Universidade de Estocolmo. Durante o evento, ele participará de um debate com o climatologista brasileiro Carlos Nobre, que o convidou para organizar um pavilhão científico na COP30. O cientista enfatiza que a ciência deve estar mais próxima das negociações climáticas, especialmente em um momento crítico para a política ambiental brasileira.
O cientista expressa preocupação com a exploração de petróleo na bacia amazônica, mencionando declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre novos direitos para essa atividade. Rockström ressalta que o Brasil tem uma compreensão única de que sustentabilidade e desenvolvimento estão interligados, além de reconhecer o papel vital das comunidades indígenas na agenda ambiental.
Ele também critica a administração Trump nos Estados Unidos, afirmando que a saída do país do Acordo de Paris e os cortes em financiamento de pesquisas científicas representam retrocessos significativos. Rockström observa que a cooperação internacional é essencial para enfrentar a crise climática e que a falta de colaboração entre países pode comprometer os esforços globais.
Apesar do cenário desafiador, Rockström mantém uma perspectiva esperançosa. Ele acredita que ainda há tempo para evitar um futuro sombrio, desde que as decisões humanas sejam tomadas de forma consciente e rápida. O cientista propõe soluções como a eliminação gradual de combustíveis fósseis e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Rockström conclui que um futuro sustentável pode trazer benefícios significativos, como saúde, segurança e empregos. A união da sociedade civil é fundamental para impulsionar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente. Nesse contexto, a mobilização em torno de projetos que visem a preservação ambiental pode ser um passo importante para garantir um futuro mais seguro e saudável para todos.

Robert Muggah, cientista político, destacou no Rio de Janeiro que mudanças climáticas amplificam conflitos e fragilidades sociais, exigindo atenção em políticas globais. Ele enfatizou a necessidade de priorizar o financiamento climático em áreas vulneráveis, onde a interseção entre clima, crime organizado e segurança é crítica.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desapropriação de imóveis com incêndios criminosos e desmatamento ilegal, visando proteger a Amazônia e o Pantanal. A decisão busca romper o ciclo de impunidade e reforçar a proteção ambiental.

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.159/2021, que estabelece um novo marco legal para o licenciamento ambiental, gerando polêmica sobre seus impactos na proteção ambiental. O projeto, apoiado pela bancada ruralista, permite licenças simplificadas e isenções para diversas atividades, mas enfrenta críticas de especialistas e do Ministério do Meio Ambiente, que alertam para riscos à fiscalização e à segurança ambiental.

Estudo revela a presença do mexilhão-verde (Perna viridis) em 41 locais da costa brasileira, incluindo áreas de conservação, exigindo ações urgentes de manejo e monitoramento. Pesquisadores alertam para os riscos à biodiversidade.

A COP30, que ocorrerá em Belém, enfrenta incertezas com a possível ausência de Donald Trump e críticas sobre altos custos de hospedagem, que podem limitar a participação internacional. A diretora executiva, Ana Toni, destacou a falta de interesse dos EUA e a possibilidade de a conferência ser a mais excludente da história devido a preços abusivos, afetando a legitimidade das negociações.

Em 2024, o Brasil enfrentou o maior número de queimadas em 17 anos, com incêndios responsáveis por 66% da perda florestal, superando o agronegócio. A Amazônia e o Pantanal foram os mais afetados.