Meio Ambiente

Lula veta dispositivos da Lei Geral do Licenciamento Ambiental para proteger o meio ambiente e direitos sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou 63 dispositivos do projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental, priorizando a proteção ambiental e os direitos indígenas. O governo enviou um novo projeto ao Congresso para corrigir lacunas.

Atualizado em
August 8, 2025
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Presidente Lula nesta sexta-feira durante cerimônia de anúncios de investimentos em Rio Branco, no Acre — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou a realização de "vetos estratégicos para proteger o meio ambiente" no projeto de lei que visa flexibilizar as regras de licenciamento ambiental no Brasil. Dentre os quase quatrocentos pontos do texto, foram vetados sessenta e três dispositivos. O governo também apresentou um novo projeto ao Congresso para preencher as lacunas deixadas pelos vetos, além de uma Medida Provisória que implementa a Licença Ambiental Especial (LAE) sem a análise em uma única etapa, como previa a proposta original.

Lula destacou que sua decisão foi fruto de "diálogo e análise cuidadosa" com a equipe de governo. Ele afirmou que a sanção da Lei Geral do Licenciamento Ambiental, com os vetos, é uma medida para garantir a proteção ambiental e os direitos de povos indígenas e quilombolas, ao mesmo tempo em que oferece segurança jurídica para investidores e geração de empregos. Entre os dispositivos vetados, está a possibilidade de a Licença por Adesão e Compromisso (LAC) ser utilizada para empreendimentos de médio potencial poluidor.

A Casa Civil justificou os vetos com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF). Outro ponto barrado foi a permissão para que estados estabelecessem suas próprias regras de licenciamento ambiental, sem uma padronização nacional. Lula argumentou que os vetos asseguram que o licenciamento ambiental seja um instrumento de desenvolvimento responsável, mantendo critérios técnicos sólidos e respeitando a Constituição.

Os trechos vetados agora serão analisados pelo Congresso, onde o governo enfrenta resistência em avançar com a pauta ambiental. Durante a tramitação do texto nas casas legislativas, os esforços da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e da articulação política do governo não foram suficientes para impedir o avanço da proposta original.

O presidente enfatizou a importância de consolidar um marco legal que promova o crescimento sustentável, preservando as riquezas naturais e promovendo justiça social. A resistência no Congresso reflete a complexidade do tema ambiental no Brasil, onde interesses econômicos e a proteção ambiental frequentemente entram em conflito.

Nesta conjuntura, a mobilização da sociedade civil é essencial. A união em torno de projetos que visem a proteção ambiental e os direitos sociais pode fazer a diferença. O apoio a iniciativas que promovam a sustentabilidade e a justiça social é fundamental para garantir um futuro melhor para todos.

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