A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu a inclusão dos povos originários nas discussões sobre terras raras e reafirmou o veto do presidente Lula a trechos prejudiciais do PL de licenciamento ambiental. Silva destacou a urgência das ações climáticas e os compromissos do governo para a COP30, enfatizando a necessidade de consentimento prévio das comunidades afetadas.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a necessidade de incluir a voz dos povos originários nas discussões sobre a exploração de terras raras no Brasil. Em evento no Rio de Janeiro, promovido pelo ex-presidente americano Al Gore, a ministra afirmou que as decisões não devem ser tomadas sem ouvir aqueles que têm estilos de vida diferentes. As terras raras são essenciais para o desenvolvimento de tecnologias e energias verdes, e a participação das comunidades afetadas é fundamental.
Marina Silva também mencionou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partes do Projeto de Lei (PL) de licenciamento ambiental que poderiam prejudicar os direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais. O veto visa garantir que esses grupos tenham o direito de se manifestar em relação a empreendimentos próximos às suas terras, desde o início dos processos de licenciamento.
A ministra enfatizou que qualquer processo que envolva a vida dessas comunidades deve considerar seu consentimento prévio. “Não podemos simplesmente criar mecanismos que possam dividir as comunidades”, afirmou. Silva destacou a importância de um crivo ético que considere tanto a demanda quanto a oferta em projetos de exploração de recursos naturais.
Além disso, a ministra abordou a urgência das ações climáticas, mencionando que o governo está se preparando para a Conferência das Partes (COP30), que ocorrerá em Belém. Silva alertou sobre a emergência climática global, citando que ondas de calor causam cerca de quinhentas mil mortes anualmente, superando os impactos da pandemia de COVID-19.
O governo brasileiro se comprometeu a financiar US$ 1,3 trilhão, triplicar a capacidade de energias renováveis e melhorar a eficiência energética. Silva destacou a importância de evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, enfatizando a necessidade de um planejamento eficaz para os próximos anos.
Neste contexto, a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que garantam os direitos dos povos indígenas e promovam a sustentabilidade. Projetos que visem a proteção dessas comunidades e a preservação ambiental merecem ser estimulados e apoiados por todos nós.

ICMBio e Funai firmaram acordo permitindo a presença da comunidade Guarani Mbya na Reserva Biológica Bom Jesus, gerando protestos de 68 entidades e 48 personalidades contra a flexibilização de proteções ambientais.

Pesquisadores descobriram um jequitibá-rosa de 65 metros na Reserva Biológica da Mata Escura, a maior árvore viva da Mata Atlântica, superando um registro anterior. A descoberta ressalta a importância da conservação do bioma.

Usinas de açúcar e etanol em São Paulo lançam campanhas contra queimadas, visando proteger a safra 2025/26, que deve ser inferior à anterior devido à seca e incêndios. Ações incluem carreatas e educação comunitária.

Cientistas da Universidade de Brasília (UnB), sob a liderança de Renato Borges, desenvolvem o Projeto Perception, que visa escanear a Amazônia e o Cerrado para monitoramento climático. A iniciativa, com lançamento previsto para 2024, promete fornecer dados em tempo real sobre variações climáticas e degradação do solo, contribuindo para políticas de preservação e manejo sustentável. O projeto, que se baseia em experiências da missão AlfaCrux, conta com parcerias e financiamento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).

A secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, criticou a empresa do Aterro Ouro Verde por sua inação em meio a problemas ambientais graves, enquanto o governo realiza ações emergenciais. Durante visita ao local, Vulcanis destacou que o governo está desobstruindo o rio e fornecendo água às comunidades afetadas. A empresa será responsabilizada por danos significativos, incluindo contaminação do solo e perdas agrícolas.

A Câmara Municipal de Niterói aprovou projeto que proíbe venenos em espaços públicos, permitindo uso apenas por órgãos governamentais. A medida visa proteger animais e crianças, aguardando sanção do prefeito.