A aprovação do projeto que flexibiliza o licenciamento ambiental no Senado gera luto e preocupação na ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que clama por mobilização popular para reverter a situação. Ela alerta para os impactos ambientais e a necessidade de uma política ambiental confiável.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou sua preocupação após a aprovação pelo Senado de um projeto que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental. Ela reconheceu as dificuldades na articulação política do governo e afirmou que o diálogo com o Congresso continua, embora essa não seja a primeira derrota em questões estratégicas. Na votação, dois terços dos parlamentares que apoiaram o projeto pertencem à base governista.
Marina Silva descreveu a aprovação como um "momento de luto" e um "golpe de morte" ao licenciamento ambiental, ressaltando que os impactos dessa mudança ainda não podem ser mensurados. Em um evento no Jardim Botânico do Rio, a ministra enfatizou a importância da mobilização popular para reverter essa situação, afirmando que a sociedade deve se unir para defender os recursos naturais e as populações tradicionais.
Ela citou um exemplo histórico, lembrando que, em 1995, a intensa mobilização popular levou à desistência de uma Medida Provisória que reduziria a Reserva Legal na Amazônia. Marina destacou que, se a população se mobilizar novamente, os parlamentares se sentirão mais confortáveis para agir em defesa do licenciamento ambiental, que considera uma questão de ética e ciência.
Durante a cerimônia em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade, a ministra anunciou o repasse de R$ 11,2 bilhões do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para o Fundo Clima, que financiará ações de mitigação e adaptação climáticas. Ela ressaltou que a proteção da biodiversidade é essencial e que a flexibilização do licenciamento pode prejudicar acordos internacionais, como o com a União Europeia, que exige uma política ambiental confiável do Brasil.
O Secretário-Executivo do MMA, João Paulo Capobianco, também comentou sobre a aprovação do projeto, afirmando que o relatório final não refletiu o que foi discutido anteriormente com a equipe do ministério. Ele destacou que a falta de transparência no processo legislativo dificultou a participação do ministério nas discussões e que a Comissão de Meio Ambiente do Senado não acatou o pedido de prorrogação do prazo para debates.
Marina Silva alertou sobre os riscos de politizar questões técnicas relacionadas ao licenciamento ambiental, especialmente em relação à definição de "empreendimentos estratégicos". Ela enfatizou que a natureza não opera na lógica humana de pressa e que a aprovação do projeto pode resultar em uma onda de judicializações. Neste contexto, a união da sociedade civil pode ser crucial para garantir a proteção ambiental e a sustentabilidade das políticas públicas.
Uma operação de fiscalização em Ceilândia e São Sebastião apreendeu 34 aves silvestres em cativeiro clandestino e materiais de pesca predatória, resultando na autuação do responsável por crime ambiental. A ação visa proteger a fauna e flora do Cerrado.
Usinas de açúcar e etanol em São Paulo lançam campanhas contra queimadas, visando proteger a safra 2025/26, que deve ser inferior à anterior devido à seca e incêndios. Ações incluem carreatas e educação comunitária.
Thelma Krug, vice-presidente do IPCC, alerta sobre a fragilidade do Acordo de Paris e os desafios da COP30 no Brasil, destacando a urgência da justiça climática e a preservação das florestas tropicais. A cientista enfatiza a necessidade de um plano estratégico para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, que afetam diretamente o Brasil.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de "perigo" e "perigo potencial" para chuvas intensas e geadas em várias regiões do Brasil, com riscos de alagamentos e deslizamentos. As temperaturas permanecem baixas no Rio de Janeiro e em São Paulo, enquanto o Centro-Oeste enfrenta tempo chuvoso. A previsão inclui tempestades no Acre e Amazonas, além de chuvas fortes no sul da Bahia. O Inmet recomenda cautela à população e orienta sobre cuidados em áreas afetadas.
Corais-cérebro na ilha do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes retêm anualmente 20 toneladas de carbono, desafiando a noção de crescimento limitado em corais subtropicais. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), revela que a taxa de crescimento dos corais é comparável à de recifes tropicais, destacando seu papel crucial na captura de carbono e na mitigação das emissões de gases do efeito estufa.
Ibama apreende 2.092 kg de pescado ilegal no Aeroporto de Guarulhos e multa empresa em R$ 47.540,60 por falta de comprovação de origem ambiental. Carga foi doada ao Programa Mesa Brasil.